Maracanã, Rio de Janeiro, dia 13 de julho. Em um plano aberto, a fotografia pega a torcida comemorando e a frase “Brasil hexacampeão” escrita no placar eletrônico. Por enquanto, esse momento está apenas na imaginação de Carlos Alberto Parreira. Mas ele espera poder registrá-lo com suas lentes. Sim, Parreira também é fotógrafo!
Além da longa e vitoriosa carreira no futebol e do apreço pela pintura, Parreira se apaixonou pela fotografia. Primeiro, motivado pelo nascimento das filhas Dani e Vanessa. Depois, pela chegada dos cinco netos: Letícia, Lucas, Rafael, Isabela e Laura. Chegou até mesmo a contratar fotógrafos para ter aulas técnicas.
Sempre estive muito ligado às artes. Quando criança fazia desenhos. Cheguei até a ganhar um concurso do antigo Diário de Notícias com um desenho em comemoração aos 50 anos da morte de Santos Dumont. Depois veio a pintura. E com o nascimento das minhas filhas e mais adiante dos netos, veio a fotografia – explicou.
A primeira câmera foi comprada em uma viagem para Europa. Aos poucos, Parreira foi montando seu equipamento de fotografia com lentes mais potentes e outros acessórios. Hoje, o coordenador técnico da seleção brasileira tem um aparato profissional. Mas que ele usa com muita discrição.
Eu deixo ela quietinha, guardada, e só uso quando está bem tranquilo aqui, para fotografar essas paisagens lindas. Se a trago toda hora comigo não me deixam em paz – brincou Parreira, explicando o motivo de não levar a câmera para o campo de treinamento da Seleção e registrar fotos dos jogadores.
Nos treinos da seleção brasileira, Parreira tem usado o celular mesmo. Ora para fotografar, ora para fazer vídeos. Segundo ele, para uso da comissão técnica.
Estou fazendo registros dos treinos aqui. Mas nada especial. É só para o caso de o Felipão precisar de algo para analisar – explicou.
Quando a Copa do Mundo começar, porém, o fotógrafo Carlos Alberto Parreira pretende entrar em ação. Mas sem tirar a privacidade dos jogadores.
A hora que a Copa começar a esquentar é claro que vou querer registrar alguns momentos com os jogadores. Mas também não quero entrar muito na privacidade deles. Já sou um privilegiado de conviver com eles aqui. Não me sinto à vontade de ficar muito em cima assim, mas quero registrar – falou o coordenador.
Parreira não é adepto do “selfie”, uma das modas nesse tempo de redes sociais. Como fotógrafo, prefere captar expressões espontâneas, natureza, marinas...
Gosto muito de fotos naturais, de corpo inteiro, rostos, sorrisos... Meus netinhos me dão registros maravilhosos nesse sentido. Gosto também de fotografar a natureza, as marinas que gosto de pintar. Uso as fotos como modelo – explicou.
Mas o tetracampeão do mundo não tem tido tempo para exercer sua paixão pela pintura. Está há dois anos sem pegar num pincel. A fotografia, portanto, é o escape.
Para pintar você tem de estar com a cabeça livre, desanuviada, pegar uma manhã livre e ficar pintando. Não tenho conseguido. Mas a fotografia ajuda – completou.
Auto definido romântico por ser do signo de peixes, Carlos Alberto Parreira está ansioso para poder fazer a foto que tanto tem sonhado nos últimos tempos. Em especial desde que foi convidado para compor a comissão técnica da Seleção na Copa do Mundo de 2014. O plano aberto está na cabeça dele.
Plano aberto, Maracanã. Imagino aquele placar com “Brasil hexacampeão” e a taça, é óbvio – finalizou o coordenador técnico.
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