A diretoria do Flamengo promete ousadia para vencer as dificuldades do mercado, mas sem romper com a sua filosofia de pés no chão. A frequência com que o técnico Vanderlei Luxemburgo ressalta a necessidade por reforços até incomoda a cúpula rubro-negra, acostumada a trabalhar em silêncio. Em meio à tensão entre treinador e dirigentes, o clube busca nomes capazes de elevar a equipe a outro patamar de qualidade.
“Se há um clube do outro lado oferecendo valores que sabemos que lá na frente não poderemos pagar, dificulta. Mas não vamos fugir da nossa filosofia. Faremos todo o esforço e seremos ousados, só que mantendo a responsabilidade”, garante o vice de futebol do Flamengo, Alexandre Wrobel: “A linha que separa a ousadia da irresponsabilidade é muito tênue”.
As alternativas disponíveis são escassas, o que inflaciona os preços. Com isso, contratar um jogador de primeira linha do futebol, tanto nacional quanto do exterior, se torna cada vez mais difícil.
Quintero, que está no Porto, foi oferecido. O colombiano seria uma aposta viável. Porém, notícias veiculadas na imprensa lusa dão conta de que o Arsenal, da Inglaterra, estaria disposto a pagar alto pelo jogador e isto deixou os dirigentes rubro-negros com um pé atrás. “É complicado. São poucas opções, as que existem são caras e com condições muito difíceis de se concretizar o negócio”, afirmou Wrobel.
Robinho, por exemplo, aos 31 anos, pediu um contrato por cinco temporadas, mais salário de R$ 800 mil líquidos — além de ter feito várias outras exigências, como ganhar um carro e ter o combustível subsidiado. Por ora, está descartado, mesmo tendo sido liberado pelo Milan. A diretoria só voltará a olhar para o Rei das Pedaladas caso ele sinalize com pretensões mais modestas. A negociação por Petros, do Corinthians, também não avançou.
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