Nem o pentacampeonato da Copa do Mundo no currículo livrou Luiz Felipe Scolari das críticas quando voltou a assumir a seleção brasileira, no fim do ano passado. Sucessivos maus resultados nos últimos quatro anos fizeram com que o técnico fosse infinitamente questionado pela torcida e pela imprensa. Talvez tudo isso tenha ficado para trás com o título da Copa das Confederações neste domingo (30.06), com a vitória sobre a Espanha, no Maracanã.
Felipão, hoje com 64 anos, estava na memória do torcedor brasileiro como um comandante de pulso firme, austero no trato, mas, sobretudo, vitorioso. Exatos 11 anos depois, chegou a final da Copa das Confederações sem suas referências (e também escudos) em campo como Marcos, Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. Tirou de um time ainda carente de grandes ídolos uma nova e já vitoriosa Família Scolari sob apoio incondicional da torcida.
Depois da seleção brasileira, o último grande trabalho de Felipão foi com a seleção portuguesa de 2003 a 2008. Virou ídolo além-mar e foi vice-campeão da Eurocopa, disputada em sua nova casa, e ainda semifinalista da Copa 2006. Com moral, foi contratado pelo milionário Chelsea e por lá degringolou e foi demitido sete meses depois com um aproveitamento ruim de 19 vitórias, dez empates e sete derrotas. Descontente, foi para no desconhecido Bunyodkor, do Uzbequistão, por onde ficou um ano.
De volta ao Brasil, assumiu uma casa onde conquistou seus mais importantes títulos. Mas, de volta ao Palmeiras, não fez o mesmo sucesso da primeira passagem e, ainda que com muitas vaias, conquistou a Copa do Brasil. Em dezembro de 2012 assumiu de novo a seleção brasileira depois das derrapadas com Dunga (2006-2010) e do fracasso com Mano Menezes (2010-2012). Encontrou no também vencedor Carlos Alberto Parreira, é verdade, um importante aliado para o caminho das vitórias.
Agora, Felipão parece não só ter dado a volta por cima na sua carreira, como também recolocado o Brasil no caminho dos títulos. O grande desafio acontece só no ano que vem. A Copa do Mundo começa em 12 de junho, em São Paulo, e termina em 13 de julho, mais uma vez no Maracanã.
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