O técnico da Seleção Brasileira Masculina de Futebol, Dorival Júnior, se pronunciou nesta sexta-feira (22.03), durante entrevista coletiva na véspera do amistoso contra a Inglaterra, sobre as condenações feitas aos ex-jogadores Robinho e Daniel Alves por estupro. O treinador trabalhou com Robinho em 2010, quando passou pelo Santos, época em que conquistaram o Paulistão e a Copa do Brasil.
Em sua fala, Dorival destacou que este é um momento complicado para se expressar sobre a situação, destacando principalmente o fato de Robinho ter sido seu atleta e que, na época, era uma pessoa fantástica, um jogador acima da média.
“Como treinador da Seleção, tenho obrigação de me manifestar. Primeiro, acho que é uma situação muito delicada. O Robinho foi meu atleta, uma pessoa fantástica, um profissional desses, dentro da nossa convivência, acima da média. Não tive oportunidade de trabalhar com o Daniel, mas a história dele dentro do futebol todos nós conhecemos. Fico, naturalmente, até... É um momento difícil para nós expressarmos toda e qualquer situação”, iniciou o treinador brasileiro.
Ele afirmou que apesar de se tratar de uma pessoa com quem teve um grande convívio (Robinho), precisa se solidarizar primeiramente com a família das vítimas envolvidas e destacou que a punição deve acontecer.
“Primeiro eu penso nas famílias das pessoas envolvidas e principalmente das vítimas envolvidas nesses episódios, que acontecem no nosso país e em todo mundo e que, de repente, não são abordados, são abafados porque as pessoas não têm voz. Se houver realmente comprovado algum tipo de crime, ele tem que ser penalizado. Por mais que doa no meu coração falar disso a respeito de uma pessoa com quem tive um convívio excepcional”, declarou Dorival antes de continuar:
“Eu olho muito mais pelas vítimas, pelas famílias, assim como por suas famílias também, eu sei o quão doloroso deve ter sido a cada uma delas que passam por um momento como esse. Não desejo isso a ninguém, sinto por tudo o que passarão a partir de então em suas vidas, todos os que estão envolvidos, o que posso fazer é ajudá-los em orações, nada além disso. É o sentimento que fica. Gostaria de dizer que não só esses casos, mas milhares acontecem ao longo dos dias e a nossa sociedade, infelizmente, se omite da grande maioria. Precisamos penalizar também esses casos que não são expostos e acontecem com frequência”, finalizou.
Na quinta-feira (21), a chefe de delegação brasileira e presidente do Palmeiras, Leila Pereira, também se pronunciou sobre o assunto e disse que os casos representam "um tapa na cara de todas nós mulheres". Leia matéria relacionada - Leila Pereira se pronuncia sobre casos de Robinho e Daniel Alves: “Tapa na cara”
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