A cúpula do Corinthians não digeriu o discurso da comissão técnica de que o time está em formação e que isso justifica a campanha nada empolgante no Brasileirão. A avaliação é de que com nove meses de trabalho a equipe deveria render bem mais. Até porque o único pedido de Mano Menezes não atendido foi a contratação de Nilmar.
Mas, apesar da insatisfação, o desejo é de que o treinador continue, como disse Mário Gobbi em entrevista coletiva nesta segunda. Porém, existe o receio da direção do clube de que Mano, incomodado com a pressão, principalmente por parte da torcida, entregue o boné, se a situação não melhorar. Por menos ele pediu demissão no Flamengo, com três meses de trabalho, alegando que não conseguiu passar o que pensa sobre futebol para o grupo.
Aos olhos da cúpula alvinegra, Mano, apesar de negar, já acusa o desgaste provocado pelas cobranças, o que é interpretado como risco de um pedido de demissão. Esse diagnóstico justifica o apoio dado a ele por Gobbi e pelos jogadores na segunda. Nesse cenário, a partida com o Atlético-MG, pela Copa do Brasil, nesta quarta, em Itaquera, ganhou ainda mais importância.
Ter que trocar de treinador agora seria um transtorno para o clube, apesar de Tite estar dando sopa. Se a mudança for feita apenas no final do ano, Gobbi pode, por exemplo, consultar as principais lideranças políticas sobre o novo técnico. O Corinthians terá eleição para presidência no começo de 2015. Um grupo de conselheiros defende a antecipação para dezembro de 2014 a fim de facilitar o planejamento da equipe.
Outra preocupação é com a possibilidade de os jogadores sentirem o esgotamento do comandante e perderem a confiança nele, algo que não foi detectado até aqui. O que é dada como praticamente certa é a saída de Mano em dezembro, quando termina seu contrato.
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