O Cuiabá Esporte Clube registrou uma queixa-crime contra o empresário português Paulo Felipe Sainz Dias, agente do atacante Deyverson, ex-jogador do clube. Na ação, o Dourado alega que as declarações difamatórias de Paulo Filipe prejudicaram sua imagem e dificultaram a busca por patrocinadores. Como reparação, o clube, representado pelo advogado Giovane Santin, pede uma indenização de R$ 500 mil.
Conforme o processo, Paulo Filipe gerenciava a carreira de Deyverson enquanto o jogador integrava o elenco do Cuiabá e durante a relação contratual houve desentendimentos, incluindo o afastamento temporário de Deyverson e sua posterior reintegração ao time. Paulo, na condição de empresário do atleta, foi convidado a conceder uma entrevista ao TNT Sports, onde, segundo a queixa, ultrapassou os limites da liberdade de expressão ao fazer acusações falsas que teriam ofendido a honra do clube. Confira matéria relacionada - Empresário de Deyverson critica diretoria do Cuiabá e denuncia "abuso de poder e terrorismo psicológico"
Após a entrevista, o TNT Sports entrou em contato com o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, e publicou a matéria intitulada "Staff de Deyverson acusa Cuiabá de abuso de poder; clube nega e deve entrar na Justiça". Nessa reportagem, o agente teria afirmado que a reintegração de Deyverson ao time era mais um triste episódio de um longo processo, além de sugerir que o clube praticava abuso de poder. Ele também afirmou que os jogadores e funcionários viviam sob constante "terrorismo psicológico", sendo vítimas de perseguições caso se manifestassem publicamente sobre a situação.
A queixa-crime, assinada por Santin, argumenta que as acusações de Paulo Filipe, se verdadeiras, configurariam infrações trabalhistas e, possivelmente, crimes. O documento sustenta que o empresário agiu de forma dolosa, consciente do potencial prejudicial de suas falas, imputando fatos ofensivos à reputação do Cuiabá.
Além disso, a queixa aponta que o empresário, mesmo ciente do impacto que suas declarações poderiam ter no futebol, proferiu suas falas a um importante veículo de comunicação esportiva.
Para o Cuiabá, as declarações de Paulo Filipe ultrapassaram o limite da crítica legítima, constituindo graves imputações e danos à honra objetiva do clube, enquadrando-se nos artigos 139 e 141 do Código Penal, que tratam da difamação em meios de grande alcance. O clube também requer indenização por danos morais, argumentando que as falas do empresário afetaram sua imagem, prejudicaram a captação de novos sócios e patrocinadores, além de comprometer sua atuação no mercado de transferências de jogadores.
Diante dos prejuízos mencionados, o Cuiabá pede uma indenização mínima de R$ 500 mil, com possibilidade de aumento no âmbito cível, caso a extensão dos danos seja comprovada tecnicamente. O clube reforça ainda a necessidade de condenação de Paulo Filipe por difamação, devido à gravidade das acusações e ao impacto negativo causado.
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