O Cuiabá Esporte Clube, que atravessa um momento de turbulência, enfrenta problemas financeiros inéditos sob a gestão de Cristiano Dresch, além de estar à beira do rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. As informações foram divulgadas pelo site ge Mato Grosso, que revelou o atraso no pagamento dos salários do elenco referentes ao mês de outubro.
De acordo com o ge, os vencimentos dos atletas deveriam ter sido quitados no quinto dia útil de novembro, mas a diretoria auriverde decidiu adiar o pagamento para janeiro. Esta é a primeira vez que a atual gestão, à frente do clube desde 2009, enfrenta uma situação como essa. Até então, a administração do Cuiabá sempre tratou a saúde financeira como prioridade.
O Dourado ocupa a 19ª posição na tabela, com 30 pontos, e pode ter o rebaixamento matematicamente confirmado na próxima rodada, dependendo de uma combinação de resultados.
Além da instabilidade financeira, o clube já começou a reformular o elenco para a próxima temporada, com as saídas dos meias Lucas Fernandes e Gustavo Sauer. No entanto, a sequência de sete partidas sem vencer no Brasileirão evidenciou ainda mais a falta de competitividade da equipe, que está a oito pontos do Fluminense, primeiro time fora da zona de rebaixamento.
O próximo confronto será contra o Bahia, neste sábado (30.11), às 18h30, na Arena Pantanal.
A crise no Cuiabá também transborda para fora das quatro linhas. Nesta segunda-feira, vídeos dos jogadores Denilson e Derik Lacerda circulando nas redes sociais geraram revolta entre os torcedores. Nas imagens, os atletas aparecem em clima de festa logo após o empate em 1 a 1 contra o Juventude, no sábado (23).
A dupla foi filmada ouvindo música alta em um carro dirigido por Denilson, que, segundo as informações, sequer possui habilitação. O comportamento chamou atenção em um momento delicado para o clube, ainda mais porque Derik esteve afastado por desentendimentos com a comissão técnica, enquanto Denilson, fora de forma, ficou fora de seis jogos nesta temporada.
A insatisfação dos torcedores com a falta de comprometimento dos jogadores e a ausência de respostas da diretoria é notória. Até o momento, a diretoria auriverde não se pronunciou oficialmente sobre o atraso nos salários.
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