A tarde de quinta-feira foi marcada por mudanças em jogos de São Paulo e Palmeiras no Nacional. No caso são-paulino, há uma polêmica pela antecipação da partida contra o Internacional. Não à toa: a instabilidade da tabela do Brasileiro-2014 virou regra. A CBF executou um total de 137 mudanças em datas, horários ou locais de jogos até a 35a rodada, segundo levantamento do blog.
São diversas as explicações para as modificações de jogos feitas pela confederações. Entre elas, as mais frequentes são coincidências com partidas de outras competições, reivindicações da Globo, estádios fechados ou abertos para a Copa, venda de mando de campo para outras praças e punições do STJD. Há partidas que tiveram seus dados alterados quatro vezes.
No caso são-paulno, a CBF teve que antecipar o jogo contra o Internacional porque ocorreria na mesma data de partida da Sul-Americana. O confronto Palmeiras e Sport mudou de dia para poder protagonizar a estreia da Arena.
Claro, não é uma exclusividade do atual Nacional a troca constante de datas e locais. Mas aumentou o número. Em 2013, em todo campeonato da Série A, foram 129 alterações. E ainda faltam seis rodadas para o final da competição e muita coisa pode acontecer.
Essa enxurrada de alterações ocorre em meio à uma reestruturação do departamento de competições da CBF. Seu diretor Virgílio Elíseo está afastado há quase dois meses por problemas de saúde. Quem assumiu foi o gerente Manoel Flores.
Ao mesmo tempo, a CBF prepara uma revisão ampla no Regulamento Geral de Competições. Foi montado um grupo de estudo por cartolas com esse fim. O blog apurou que já existe um rascunho com as mudanças previstas, mas ainda não há uma versão definitiva que só deve sair em dezembro. Enquanto o departamento se reestrutura, o Brasileiro vive na bagunça.
Tome-se como exemplo o jogo entre Corinthians e Cruzeiro, pela oitava rodada. Seria no Pacaembu e depois passou para o Canindé. Para realizar um evento teste da Fifa para a Copa, foi transferido para o Itaquerão. Tornou-se inviável por atraso nas obras e a partida retornou ao Canindé.
Mas não foi só a Copa que deixou a CBF enrolada. O conflito com a Sul-Americana já ocorreu anteriormente como no Bahia e Coritiba. A partida teve seu dia alterado para poder preservar o intervalo mínimo de 66 horas de partida da competição continental do time baiano contra o Inter.
Em outro caso emblemático, o jogo Goiás e Figueirense teve que ter seu horário alterado para mais tarde para que desse algum tempo para descansar ao time. Afinal, voltara de viagem do Equador, onde jogara pela Sul-Americana na sexta-feira à noite. Explica-se: a tabela da Sul-Americana foi divulgada em cima da hora.
Mas até conflito com jogos da Copa do Brasil, organizada pela CBF, já ocorreu. Foi assim com adiamento do jogo do Grêmio com o Bahia, pela 18a rodada, sem o qual o time gaúcho não teria o intervalo regular para confronto com o Santos no meio de semana.
Com uma série de estádios da Copa-2014 ociosos pelo país, a venda de mando de campo virou uma febre e constantemente a CBF altera tabela para jogos na Arena Amazônia, na Arena Pantanal, ou no Mané Garrincha. Teoriocamente, pelo regulamento, sair do Estado sede do clube deveria ser exceção.
As punições do STJD por perda de mando de campo também causam verdadeiro vai e vem na tabela. Uma hora o jogo passa a ter portões fechados, depois sai um efeito suspensivo e isso se modifica. O mesmo pode ocorrer em transferências de partidas para outras praças. O blog tentou falar com o departamento de competições da CBF sem sucesso.
Para um torcedor comum, que queira se programar para ver o seu time em outra cidade, só comprando a passagem e ingresso de última hora porque não dá para confiar o que está na tabela da CBF.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).