Apenas dez dias depois de despontar como uma das principais apostas do Brasil para os Jogos Olímpicos do Rio, o canoísta Isaquias Queiroz, de 21 anos, faltou a treinamento da seleção brasileira de canoagem e, por isso, teve vetada sua participação em evento de seu principal patrocinador, marcado para esta quarta-feira.
Isaquias voltou do Pan de Toronto, onde foi a principal estrela do time brasileiro de canoagem, com três medalhas, duas delas de ouro, nas categorias C1-200 (individual, 200m), C1-1000 (1.000m), e uma de prata, na C2-1000 (dupla, 1.000m). Seu desempenho ganhou destaque, especialmente pelos tempos alcançados, equiparados aos principais concorrentes no Mundial e também na Rio-2016.
As marcas do atleta baiano fizeram com que o Brasil obtivesse seu melhor desempenho na modalidade em Jogos Pan Americanos e o credenciam a disputar o ouro na prova C1-1000 nos Jogos do Rio.
Porém, Isaquias provocou desconforto no time que treina em Lagoa Santa (MG), depois que esticou o fim de semana em Ubaitaba, Bahia, onde participou de um evento familiar. Dentro de três semanas, a equipe disputará o mundial, com os melhores atletas do mundo, que também serão adversários do brasileiro no evento olímpico.
Como faltou ao treino de segunda-feira, a comissão técnica decidiu vetar sua viagem ao Rio de Janeiro, onde ocorrerá um encontro com os atletas do Time Brasil patrocinados pela Petrobras. A lista também atletas como Yane Marques, do Pentatlo Moderno, e Mayra Aguiar, do Judô. -- Ele não pode perder dois dias de treinamento em uma semana. Precisamos manter o foco para que os resultados continuem aparecendo. Toda equipe precisa fazer sacrifícios, inclusive para ajudá-lo na preparação. Ele também precisa fazer. Os Jogos Olímpicos são o nosso objetivo -- explicou o treinador da seleção brasileira de canoagem, o espanhol Jesús Morlán, que carrega no currículo cinco medalhas olímpicas e 12 em campeonatos mundiais.
Isaquias participará da equipe que disputará o mundial, entre os dias 27 e 30 de agosto, em Milão (Itália). No mundial de 2013, sob o comando de Morlán, o atleta faturou uma medalha e ouro e outra, de bronze. Ele vencia a final da prova do C1. 1000, de categoria olímpica, quando sua canoa virou faltando poucos metros para a chegada.
A Petrobras não tinha confirmação da participação do atleta no evento até o final da tarde desta terça-feira.
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