O julgamento que selou a queda da Portuguesa não teve um vencedor, mas um perdedor: o futebol brasileiro. A tristeza no olhar do solitário torcedor da Lusa e a festa tricolor em frente ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na última sexta-feira, no centro do Rio de Janeiro, traduziram o quanto é ruim para a imagem do esporte seu principal campeonato decidido nos tribunais, 20 dias após o desfecho nos campos.
A sensibilidade de dois torcedores do Fluminense que foram cumprimentar e levar uma palavra de conforto até o paulista Júlio Caldeira, após o Pleno condenar a Portuguesa pela escalação irregular do jogador Héverton, marcou o segundo julgamento. E reafirmou o ponto de vista defendido pelo urbanista de 27 anos e bisneto de um dos fundadores do clube paulista e ex-presidente Jorge dos Santos Caldeira: “a culpa é da CBF. Não foi o Fluminense que nos tirou quatro pontos, e sim ela”.
A felicidade de permanecer na Série A e a dor de ver torcedores sofrendo eram sentimentos que se misturaram no desabafo do tricolor carioca Fausto Bertole. “Vir para a frente do tribunal vibrar com a derrota de um clube nos tribunais é uma vergonha. Acho muito feio rir da desgraça alheia. Eles pecaram pelo amadorismo de seus dirigentes e o Fluminense também está sofrendo pelo histórico de ser beneficiado”, defendeu o professor de história.
Enquanto o julgamento acontecia dentro de um prédio comercial, na Rua da Ajuda, onde fica o tribunal desportivo, o protesto não era de torcedores do clube prejudicado, a Portuguesa, mas sim de rivais cariocas.
Unidos, vascaínos e flamenguistas - algo raro de se ver - gritavam e pediam punição ao time das Laranjeiras, sem ao menos justificar seus pontos de vistas, já que se estivessem na mesma situação do Fluminense provavelmente gostariam de ver seus times beneficiados também.
Já um botafoguense que passava e resolveu acompanhar os fatos chegou a discutir com um vascaíno mais exaltado. Ele argumentou que as regras são feitas e precisam ser cumpridas - e se a Portuguesa descumpriu, precisa pagar com o rigor da lei.
A profissionalização do futebol não deixa espaço para amadorismos e nem negligências. Portuguesa e Flamengo ignoraram essa compreensão de regra ao escalar jogadores suspensos - Héverton e André Santos, respectivamente - nas partidas finais do Campeonato Brasileiro e por isso foram punidos.
Se no primeiro julgamento foram destacados 80 policiais para resguardar o local, nesta sexta-feira o reforço foi ainda maior: 150. Com um clima mais tranquilo, já que o número de torcedores em frente ao tribunal era bem menor, nem o cordão de isolamento para separar as partes foi necessário, como aconteceu no último dia 16, quando um ônibus trouxe cerca de 30 torcedores da Lusa de São Paulo para acompanhar o desfecho jurídico.
Nesta sexta, em alguns momentos os xingamentos foram mais acalorados, mas nada que precisasse de intervenção policial. Vendedores ambulantes circularem tranquilamente e aproveitaram a aglomeração para oferecer suas mercadorias. Até um senhor vestindo a camisa da Seleção Brasileira apareceu para fazer embaixadinhas e descontrair o quente ambiente, enquanto os termômetros no local marcavam 37ºC.
Agora é esperar a prorrogação, já que torcedores da Portuguesa afirmaram que vão à Justiça comum em busca de um julgamento mais justo e imparcial para seu clube de coração.
O julgamento que selou a queda da Portuguesa não teve um vencedor, mas um perdedor: o futebol brasileiro. A tristeza no olhar do solitário torcedor da Lusa e a festa tricolor em frente ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na última sexta-feira, no centro do Rio de Janeiro, traduziram o quanto é ruim para a imagem do esporte seu principal campeonato decidido nos tribunais, 20 dias após o desfecho nos campos.
A sensibilidade de dois torcedores do Fluminense que foram cumprimentar e levar uma palavra de conforto até o paulista Júlio Caldeira, após o Pleno condenar a Portuguesa pela escalação irregular do jogador Héverton, marcou o segundo julgamento. E reafirmou o ponto de vista defendido pelo urbanista de 27 anos e bisneto de um dos fundadores do clube paulista e ex-presidente Jorge dos Santos Caldeira: “a culpa é da CBF. Não foi o Fluminense que nos tirou quatro pontos, e sim ela”.
A felicidade de permanecer na Série A e a dor de ver torcedores sofrendo eram sentimentos que se misturaram no desabafo do tricolor carioca Fausto Bertole. “Vir para a frente do tribunal vibrar com a derrota de um clube nos tribunais é uma vergonha. Acho muito feio rir da desgraça alheia. Eles pecaram pelo amadorismo de seus dirigentes e o Fluminense também está sofrendo pelo histórico de ser beneficiado”, defendeu o professor de história.
Enquanto o julgamento acontecia dentro de um prédio comercial, na Rua da Ajuda, onde fica o tribunal desportivo, o protesto não era de torcedores do clube prejudicado, a Portuguesa, mas sim de rivais cariocas.
Unidos, vascaínos e flamenguistas - algo raro de se ver - gritavam e pediam punição ao time das Laranjeiras, sem ao menos justificar seus pontos de vistas, já que se estivessem na mesma situação do Fluminense provavelmente gostariam de ver seus times beneficiados também.
Já um botafoguense que passava e resolveu acompanhar os fatos chegou a discutir com um vascaíno mais exaltado. Ele argumentou que as regras são feitas e precisam ser cumpridas - e se a Portuguesa descumpriu, precisa pagar com o rigor da lei.
A profissionalização do futebol não deixa espaço para amadorismos e nem negligências. Portuguesa e Flamengo ignoraram essa compreensão de regra ao escalar jogadores suspensos - Héverton e André Santos, respectivamente - nas partidas finais do Campeonato Brasileiro e por isso foram punidos.
Se no primeiro julgamento foram destacados 80 policiais para resguardar o local, nesta sexta-feira o reforço foi ainda maior: 150. Com um clima mais tranquilo, já que o número de torcedores em frente ao tribunal era bem menor, nem o cordão de isolamento para separar as partes foi necessário, como aconteceu no último dia 16, quando um ônibus trouxe cerca de 30 torcedores da Lusa de São Paulo para acompanhar o desfecho jurídico.
Nesta sexta, em alguns momentos os xingamentos foram mais acalorados, mas nada que precisasse de intervenção policial. Vendedores ambulantes circularem tranquilamente e aproveitaram a aglomeração para oferecer suas mercadorias. Até um senhor vestindo a camisa da Seleção Brasileira apareceu para fazer embaixadinhas e descontrair o quente ambiente, enquanto os termômetros no local marcavam 37ºC.
Agora é esperar a prorrogação, já que torcedores da Portuguesa afirmaram que vão à Justiça comum em busca de um julgamento mais justo e imparcial para seu clube de coração.
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