O jejum de títulos da Argentina chegou ao fim neste sábado (10.07), em pleno Maracanã. Depois de 28 anos sem conquistas, a seleção venceu o clássico contra o Brasil por 1 a 0, com gol de Di María para faturar a sua 15ª Copa América - igualando o Uruguai no topo da lista de maiores campeões do torneio.
Em jogo onde os holofotes estavam em Neymar e Messi, foi a aposta de Scaloni em Di María que deu resultado. Os argentinos desbancaram o favoritismo do Brasil após dominar o primeiro tempo do jogo e segurar o placar na etapa final. Com o resultado, o Camisa 10 da Argentina conquista o seu primeiro título com a Albiceleste e os brasileiros agora somam o 12º vice-campeonato.
O Brasil entrou em campo sem surpresas, com Tite repetindo a escalação da semifinal. Já os argentinos foram escalados com cinco mudanças em relação à sua última formação, sendo a entrada de Di María como a principal novidade.
A partida teve um início equilibrado, com ambas as seleções trocando passes em busca de espaço para chegar com perigo ao ataque. Aos oito minutos, Neymar já chamou a atenção, mas não foi em direção ao gol. O camisa 10 do Brasil deu um lençol em Lo Celso no meio de campo e animou a torcida no Maracanã - cada finalista teve direito a 2,2 mil convidados na final.
Em jogo pegado, os jogadores abusaram das faltas e apresentaram dificuldades para chegar ao gol. Até o cenário mudar aos 21 minutos, quando a escolha de Scaloni surtiu efeito logo na primeira finalização da Argentina. Na jogada, Di María foi lançado por De Paul e ficou frente a frente com o goleiro Ederson após falha de Lodi. Por cobertura, o argentino abriu o placar com um golaço no Maracanã.
Em resposta ao tento, a seleção canarinho tentou apertar a marcação. No entanto, encontrou um adversário demonstrando tranquilidade e domínio. Antes do intervalo, Di María apareceu novamente com liberdade na entrada da área. Ele chegou a bater de canhota em direção ao gol de Ederson, mas bola desviou em Marquinhos.
Sem controle, a atuação da seleção brasileira começou a contar com diversos erros na troca de passes. Após vacilo de Fred, Messi chegou a puxar um contra-ataque e finalizar de fora da área. A bola passou ao lado do gol brasileiro, sem perigo.
A maioria dos chutes brasileiros foram travados pela defesa Alcibeleste. Aos 41, Cebolinha apareceu dentro da área e até tentou, mas a bola morreu nas mãos de Martínez após desvio dos argentinos. Na sequência, Richarlison fez um belo cruzamento buscando Paquetá e o meia não conseguiu dar sequência à jogada.
No total foram cinco finalizações do Brasil, duas delas com Neymar, contra três da Argentina. Os hermanos encerram o primeiro tempo com mais posse de bola e a vantagem no placar.
A equipe de Tite retornou para a etapa final com outra postura. Em apenas dez minutos, conquistou duas chances com Richarlison: Aos 7, o atacante foi às redes e anotou aquele que seria o empate brasileiro, mas ele estava impedido; em outro lance, Richarlison recebeu de Neymar e mandou de direita, para ótima defesa de Martínez.
Na busca pelo tento, depois de substituir Lucas Paquetá por Gabigol, Tite apostou nas entradas de Vini Jr. e Emerson, respectivamente nos lugares de Everton e Renan Lodi.
O Brasil seguiu pressionando e o clima esquentou entre argentinos e brasileiros. Neymar foi alvo de faltas e o árbitro o árbitro distribuiu cartões amarelos. Aos 41, Gabigol bateu de primeira e obrigou Martínez a fazer grande defesa. Na sequência, Messi errou. O camisa 10 recebeu de De Paul e ficou cara a cara com Ederson, deixando a bola escapar.
Apesar da pressão brasileira, os hermanos seguraram o resultado até o apito final, decretando a festa Argentina em pleno Maracanã.
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