Emerson carrega o apelido de Sheik pelo sucesso que teve quando atuou nos Emirados Árabes Unidos e no Qatar. Mas o atacante do Corinthians bem que poderia ser chamado de imperador ou até mesmo samurai pelo período de sucesso que teve no Japão. Muito famoso no país, o jogador pode agora coroar a carreira com o título mais expressivo justamente no local onde acumulou prestígio e dinheiro.
Nascido em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, Emerson começou a carreira no São Paulo, mas com pouco tempo na equipe profissional foi negociado com Consadole Sapporo, passando por Kawasaki Frontale e Urawa Red Diamonds, no qual foi artilheiro do Campeonato Japonês em 2004. Mais do que evoluir profissionalmente, o atacante acredita que melhorou como pessoa ao conviver com a cultura local.
- Eu morava numa favela no Rio de janeiro, tive uma passagem rápida por São Paulo e vim para cá. Minha mãe trabalhava, e eu e meus irmãos ficávamos numa favela. Tive toda minha educação no Japão. Aprendi a ter respeito aqui, além do lado profissional. O povo japonês é professor em educação e respeito ao próximo. Essa foi minha maior conquista – afirmou.
O período no Japão, aliás, transformou Emerson em um desconhecido no Brasil. O sucesso só chegou depois dos 30 anos, quando decidiu retornar ao país de origem para atuar pelo Flamengo. Polêmico e dono de um futebol de destaque, jogou também no Fluminense e conquistou nada menos que três títulos brasileiros por clubes diferentes em sequência.
Herói do título da Libertadores e principal jogador do Corinthians, Emerson é a grande aposta do clube para vencer o Mundial. Tanto que foi requisitado pela Fifa para conceder entrevista coletiva, nesta sexta-feira, em Nagoya, ao lado do técnico Tite. Costumeiramente, a entidade solicita aos clubes a presença do treinador e do capitão (neste caso, Alessandro). No entanto, o atacante acabou escolhido.
- Sempre falo com carinho do povo japonês. Morei seis anos e vi meus filhos crescerem aqui. Como pessoa e ser humano cresci muito. O povo japonês me ensinou muito, minha gratidão é eterna. Tenho muito orgulho de ter morado aqui – disse.
Aos 34 anos e com a aposentadoria se aproximando, Sheik sonha com o título internacional no Japão para completar um ciclo vitorioso coma camisa alvinegra: ser campeão do Brasileirão, da Libertadores e do Mundial. No entanto, sem ganhar mais apelidos.
- Quero que continue Emerson mesmo. Nem Sheik eu gosto muito (risos).
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