A deputada federal e candidata à reeleição, professora Rosa Neide (PT), afirmou durante entrevista ao programa 
No Ar, conduzido pelo jornalista Geraldo Araújo, que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, em suspender o piso salarial nacional da enfermagem foi horrível - uma intervenção negativa para o país.
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A deputada disse que tem que haver respeito pelas Instituições, pois é fundamental para que a democracia e a República brasileira sejam cada vez mais efetivas, mas, segundo ela, o ministro poderia ter devolvido à Câmara essa discussão, alegando que a Casa de Leis poderia rever e dar um prazo, mas não, foi tomando uma decisão que não é própria dessa Instituição - o STF.
Rosa Neide enfatizou que a Lei nº 14.434/2022 já estava transitando há mais de 10 anos, e tramitou ultimamente com muita força, o que fez com que o presidente Jair Bolsonaro (PL) homologasse, assinasse e publicasse, mesmo tendo feito um veto na lei.
Para a candidata, se o STF como Justiça maior do país, tivesse dito que a Lei é inconstitucional, o parlamento iria recuar e rever, mas a petista afirmou que não foi o caso, e que o ministro Barroso quis dar mais tempo para os hospitais, os grandes hospitais privados do Brasil, que entrou com o pedido, segundo ele, se estruturar para pagar.
“Muita gente liga o STF ao Partido dos Trabalhadores (PT), mas quero dizer que quem foi o autor da Lei, foi o senador Fabiano Contarato do Espírito Santo, filiado do PT. O relator da Lei na Câmara foi o ex-ministro Alexandre Padilha de São Paulo, e ele colocou no relatório dele de forma muito aprimorada de onde sairiam os recursos para o pagamento, principalmente na iniciativa pública”.
Segundo ela, o Governo Federal teria que aportar os valores aos Estados e municípios e convênios, para que os recursos tivessem à disposição para pagar imediatamente a parteiras e parteiros, técnicos em enfermagem e enfermeiros. “Então o que o STF fez não tem respostas, foi muito ruim, essa intervenção é negativa para o país. Ele disse: “Eu não intervi, eu dei apenas um prazo”, mas esse prazo não foi discutido”, concluiu Rosa Neide.
Ainda, durante a entrevista, a candidata e apoiadora de linha de frente do candidato à Presidência, Luís Inácio Lula da Silva (PT), fez duras críticas ao atual Governo Federal, e afirmou, que nos últimos seis anos, nada foi feito pelo Brasil, citando que Mato Grosso não tem um metro de asfalto construído recentemente.
Conforme Rosa Neide, as BRs de Mato Grosso estão do mesmo jeito que ficaram no final do Governo Dilma.” Nós tínhamos toda uma projeção de duplicar a BR-163, que hoje chamada de rodovia da morte, e não aconteceu nada disso, ela foi pedagiada, a Odebrecht assumiu o pedágio com o compromisso de 2 anos depois fazer a duplicação, mas infelizmente não fez e não avançamos em nada”.
A deputada citou ainda uma viagem que fez de carro com o esposo, de Santarém (PA) a Cuiabá, e pode confirmar que a BR-163 é mesmo a rodovia da morte, pois se um automóvel tenta ultrapassar, ele corre muito risco. “A parte de Mato Grosso não tem tantos buracos, mas chegando em Santarém dá para ver cabeceiras de pontes que não foram concluídas, tiveram seis anos para serem concluídas e você ainda passa em desvios. Cidade esburacada. Aí tem 50 km que o atual Governo terminou, e aí ficou fazendo uma grande festa, esquecendo da BR como um todo”.
Rosa Neide afirmou que as BRs de Mato Grosso são prioridades, e enfatizou que já discutiu isso com o ex-presidente Lula e não vão deixar a população e nem a produção do Estado expostas nas BR-364, BR-163, BR-158, BR-174. “Estarei atenta fortemente a essa questão, e já disse isso muitas vezes para o Lula e ele já acatou, porque ele sabe da importância de Mato Grosso para produção nacional”, finalizou a deputada federal Rosa Neide.
