O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União) afirmou em entrevista à imprensa nessa segunda-feira (17.10), que os defensores do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), precisam “arregaçar as mangas” e buscar votos para o segundo turno marcado para domingo (30).
Mendes prevê diferença mínima, ao afirmar que cada voto será determinante ao resultado. A meta do grupo pró-Bolsonaro em Mato Grosso é elevar os votos do presidenciável em 70%, ou seja, 10% a mais, que o primeiro turno.
“Queremos é que as pessoas que estão desse lado, que não só digam que estão, mas que arregacem as mangas, que possam ir ao encontro, ao desafio de conquistar votos, de virar votos e essa eleição todos têm a clareza que será ganha ou perdida por uma diferença pequena. Então, cada voto será determinante, se todos os que dizem que gostam de Bolsonaro, que apoiam o presidente, se forem atrás de arrumar um voto, dois votos, nós ganharemos essa eleição no Brasil”, declarou.
Temos que ir atrás desse voto, temos que convencer pessoas que estão indecisas ou daquelas, que de alguma maneira mostram possibilidade de mudar
Segundo Mauro, muitos trabalharam, mas muitos estavam de braços cruzados. Porém, ele diz que o momento é de mostrar a preocupação com o país e com o destino da nação. “A Democracia precisa amadurecer, o patriotismo não precisa ser apenas mostrado na rua, nos bons momentos de 7 de setembro, nas manifestações pró-Brasil, é hora de mostrar isso buscando votos, conquistando as pessoas com respeito e bons argumentos.”
Questionado se gostaria de comentar sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro que disse durante um podcast, que "pintou um clima" entre ele e meninas "bonitas" de 14 anos, Mauro desconversou. “Rapaz, eu não vi isso, então não pintou um clima para responder.”
Mauro também se limitou a dizer que assistiu somente alguns trechos do debate entre os presidenciáveis, mas criticou duramente a participação de ambos os candidatos. Para Mauro, tanto o candidato Lula (PT), como Bolsonaro, se preocupou mais com ataques do que com propostas.
“Eu estava em outro compromisso familiar, na verdade, eu vi o finalzinho do último bloco. Acho que houve de todos os lados muitos ataques, pouca coisa produtiva para o Brasil, os problemas verdadeiros do Brasil ficaram em segundo plano, os problemas pessoais foram colocados ali, tanto de um lado, quanto de outro. E eu como cidadão, não só como governador, mas como cidadão, estou muito preocupado com o destino do nosso país. Vi uma pergunta sobre Educação e achei que muito superficial as respostas”, opinou Mauro, avaliando que Bolsonaro poderá apresentar mais.
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Para Mauro, o marqueteiro da campanha de reeleição precisa apresentar novos argumentos para conquistar o eleitor brasileiro. Segundo ele, os mesmos argumentos que não conseguiram convencer provavelmente não serão. “Temos que fazer uma conversa nova. (...) E parar de pregar para convertido, falamos isso, não temos que ficar fazendo só adesivaço em frente do Chopão. Temos que ir atrás desse voto”, disse.
Ainda que faça parte do grupo pró-Bolsonaro, Mauro reiterou seu respeito a Democracia: "Eu espero que qualquer um que ganhe ou que perca, que respeite o resultado da urna, porque de antemão, todos nós já sabemos que vai ser muito apertado."