A candidata ao Governo de Mato Grosso, Marcia Pinheiro (PV), da coligação ‘Para Cuidar das Pessoas’ - Federação Brasil de Esperança, em entrevista ao programa No Ar, conduzido pelo jornalista Geraldo Araújo, na sexta-feira (09.09), afirmou que se eleita, Cuiabá e Várzea Grande terá sim o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), mesmo que as obras para implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) tiverem iniciadas.
Márcia disse que a população merece o melhor, e no entendimento dela, o VLT é moderno, menos poluição, e já foi investido muito para perder. “Ah! ônibus elétrico, não sei o que, mas é ônibus, acabamos de renovar a frota de Cuiabá. As pessoas não têm o direito de andar de VLT?
O atual governador Mauro Mendes (União) não vai andar nem BRT e nem VLT, e se as pessoas vão andar de charrete, BRT, VLT para ele tanto faz”, frisou ela.
Conforme a candidata, inclusive, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) já protocolou um documento no Ministério Público Federal (MPF) que promete provar e barrar as obras do BRT. Leia matéria relacionada - Emanuel promete apresentar prova que poderá “barrar” obras do BRT
Para Márcia, só quem anda de ônibus sabe a dificuldade, mesmo sendo novos e com ar-condicionado. Ela citou que quando estudou em Curitiba, em 1981, já andava de BRT. “O BRT é diferente desse que o governador quer colocar. Então na nossa gestão de jeito nenhum”.
Pinheiro ressaltou que pode, sim, ter BRT em Cuiabá, mas onde tem trilhos não. Segundo ela, o ônibus pode ser implantado como um alimentador para o VLT e transitar em outras regiões, exceto na via principal.
Márcia ainda explicou como é utilizado o BRT. “Em uma via expressa onde tem um ônibus articulado, as estações, e o usuário já pagou o bilhete, entra e vai embora. Nos bairros, um ônibus menor pega as pessoas e deixa na estação, ele paga só uma passagem e vai embora. Então na gestão da Márcia Pinheiro vai ser VLT porque as pessoas têm o direito de ter acesso ao melhor transporte público”.
A candidata criticou a decisão do governador vender os vagões para o Estado da Bahia, que questionou o porquê os baianos merecem o VLT e cuiabanos e várzea-grandenses não. Ela citou que já foram investidos R$ 1,2 bilhão com as obras do VLT, e agora o Mauro Mendes quer gastar R$ 600 mil comprando ônibus ou em vez de pegar esse dinheiro e dar continuidade às obras e concluir a implantação do VLT.
"Quer dizer que as pessoas mais humildes que usam o transporte coletivo, não podem andar em VLT? Ele foi para Dubai e andou de VLT, o gestor do Rio de Janeiro aposentou o BRT e ficou com VLT, agora Cuiabá e Várzea Grande não tem direito. As pessoas que saem de Várzea e Grande para Cuiabá, um trajeto longo, não tem direito de ter um transporte coletivo melhor. Um meio de transporte sustentável de energia limpa e não polui o meio ambiente”, concluiu Márcia Pinheiro.