O candidato a deputado estadual, Júlio Campos (União), afirmou durante entrevista ao programa No Ar, conduzido pelo jornalista Geraldo Araújo, nesta quinta-feira (15.09), que irá cobrar, seja quem for o próximo governador de Mato Grosso, que o dinheiro do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab II) seja aplicado em casas habitacionais e melhorias nas rodovias estaduais.
Segundo Júlio, se Mauro se reeleger será mais fácil, mas enfatizou que mesmo se for um governador da oposição será cobrado do mesmo jeito. Campos ressaltou que o Fethab prevê 25% da sua receita seja investida em habitação popular.
Mesmo sendo aliado e do mesmo partido do governador Mauro Mendes, Júlio não poupou críticas e disse que nos últimos anos, tanto no Governo anterior da gestão Pedro Taques como agora no Governo Mauro Mendes, esse Fethab, a parte que deveria ser investido na habitação foi esquecido “um pouco”.
“Mendes já apresentou no seu programa a construção de casas habitacionais e tem que construir, sim, pois temos um déficit habitacional em Mato Grosso de 100 mil casas, é muita gente querendo ter uma casa para morar e não está conseguindo. Então nós vamos fazer essa política de cobrança para que a habitação popular seja prioridade de qualquer Governo e que o FETHAB, seja cumprido”.
Questionado quanto uma fala do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) acusando Mauro de criar indústria de pedágio, o candidato evitou polemizar, mas disse que é uma coisa que precisará ser analisada profundamente, e até se for o caso requerer uma comissão especial ou parlamentar para ver o abuso que está o pedágio.
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Campos citou a MT-130, Rodovia Coronel Luis Coelho de Campos, em Rondonópolis, Poxoréu e Primavera do Leste, feita por ele em 1984, que hoje é ‘pedagiada’ por um grupo privado, que, segundo ele, cobra um absurdo de pedágio e até hoje não duplicou meio metro ainda - é a mesma rodovia que Júlio Campos construiu há 35 anos, por isso a população está revoltada.
“Então esse assunto do pedágio é assunto para ser debatido com seriedade, honestidade e com competência pelo parlamento estadual. Se esse parlamento que está aí hoje não discute assuntos temáticos e importantes a partir do ano que vem com a minha presença lá, vai ter que discutir esse assunto. Se 'pedagiou' e está cobrando, tem que cobrar um preço justo que a população possa pagar e executar as obras de melhoramento, porque do jeito que está não é possível ficar”, finalizou Júlio Campos.