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Eleições 2022 Domingo, 09 de Outubro de 2022, 19:08 - A | A

Domingo, 09 de Outubro de 2022, 19h:08 - A | A

SEGUNDO TURNO

Cofundador da gigante dos cosméticos declara voto em Lula

‘Lula tem chance de ser um líder mundial na questão ambiental’, diz empresário

O ESTADÃO

O cofundador da Natura, empresário Guilherme Leal, declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e opinou “Eu acho que um segundo mandato (de Bolsonaro) é perigoso.” 

Eu acho que um segundo mandato (de Bolsonaro) é perigoso

Em entrevista ao Estadão, na última sexta-feira (07.10), o empresário afirmou que essa fase de envolvimento direto nas eleições ficou para trás. Ele, que em 2010 foi vice na chapa de Marina Silva à Presidência da República. No entanto, o empresário deixou bem claro que isso não quer dizer ficar isento politicamente, especialmente em um momento em que ele vê riscos à democracia em uma eventual reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

Diante dessa apreensão com o futuro da democracia, mas também em relação à educação e, sobretudo, ao meio ambiente, Leal declarou seu voto a Lula em 30 de outubro, embora tenha críticas a gestões petistas no que se refere à condução da economia, especialmente no Governo de Dilma Rousseff.

Ele também apontou a tendência do PT de “olhar para trás” na hora de governar, embora veja uma oportunidade para o petista em um eventual novo mandato: “Lula tem chance de ser um líder mundial na questão ambiental.” O empresário disse que o mundo espera que o Brasil retome seu papel de liderança na discussão da agenda de preservação do planeta.

Com base no que viu nos últimos quatro anos, a chance de protagonismo do País nas discussões globais sobre o clima é nula caso Bolsonaro seja reeleito. O Governo Federal, segundo ele, não fez o suficiente para combater o desmatamento ilegal na Amazônia e tem fechado os olhos a práticas que historicamente só degradaram as riquezas naturais, sem trazer desenvolvimento para o País, como o garimpo ilegal. E disse ainda que, no exterior, a mudança de percepção sobre o Brasil é bastante clara.

“O País deixou de ser protagonista nos acordos climáticos para se tornar um pária (na questão ambiental). Isso pode nos tirar do bonde da história. Temos uma oportunidade única porque temos o melhor e mais importante capital natural do planeta. Podemos ser uma potência econômica, ambiental e agrária. Mas nós estamos em uma política totalmente contrária, de dilapidação do capital natural, uma apropriação por poucos que não gera prosperidade: garimpo, grilagem e desmatamento. É uma apropriação por poucos que gera pobreza e miséria para muitos.”

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