Os candidatos que disputam a eleição em Mato Grosso, já receberam R$ 83.750.563,65 milhões de recursos públicos para serem utilizados nas campanhas deste ano.
Segundo dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualizado no sábado (10.09), os candidatos utilizaram R$ 105.883.176,40 milhões, destes, R$ 22.132.612,75 são recursos próprios e R$ 83.750.563,65 se trata do fundão eleitoral, recursos públicos usados por partidos para financiar as campanhas dos candidatos.
Em Mato Grosso, todos os parlamentares do Congresso Federal, que disputam a eleição em 2022, contam com recursos do “fundão”.
O senador Wellington Fagundes (PL), candidato à reeleição, e seu adversário, deputado federal Neri Geller (Progressista) estão entre os candidatos que utilizam recursos públicos. Wellington recebeu R$1.900.000,00 da Direção Nacional do PL. Já Neri recebeu R$ 1.565.217,39 da Direção Nacional - Progressistas e R$ 1.095.652,17 da direção estadual referente ao Fundo Especial.
Entre os federais, o MDB “liberou” R$ 2.500.000,00 para cada candidato a deputado federal que vai à reeleição. Foram contemplados com a “bolada” os emedebistas: Emanuelzinho, Carlos Bezerra e Juarez Costa. O suplente Valtenir Pereira, que disputa novamente o cago, também recebeu a quantia de R$ 2.500.000,00.
A Profª Rosa Neide (PT) recebeu do Partido dos Trabalhadores R$1.500.000,00 do fundo partidário.
Entre os deputados bolsonaristas que disputam reeleição, Nelson Barbudo (PL) foi quem mais recebeu recursos. Barbudo recebeu R$2.000.000,00 da Direção do PL, sendo R$1.000.000,00 do Fundo Partidário e R$1.000.000,00 do Fundo Especial. Já o deputado federal José Medeiros (PL), candidato à reeleição, recebeu R$1.026.000,00, sendo R$ 1.000.000,00 Fundo Especial e R$26.000,00 do Fundo Partidário.
O deputado Dr Leonardo recebeu R$1.503.313,46 referente ao Fundo Especial da Direção Nacional do Republicanos e R$246.686,54 da direção estadual.
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Fundão – Vale lembrar que em janeiro de 2022, o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) mantendo o fundo eleitoral em R$ 4,96 bilhões em 2022, sem o acréscimo de R$ 5,7 bilhões.
O “fundão” foi objeto de debate em dezembro de 2021, quando Bolsonaro vetou o aumento de R$ 5,7 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, que constava no Orçamento de 2022. Entre os parlamentares da bancada mato-grossense, apenas Emanuelzinho (MDB) e Nelson Barbudo (PL) votaram contra o aumento no Congresso Nacional. Entretanto, o veto foi derrubado por 317 a 146 na Câmara e 53 a 21 no Senado.
O voto "não" era pela derrubada do veto, ou seja, a derrubada do voto significa que o deputado é a favor do aumento.
Na época, foram favoráveis ao fundão, os deputados Carlos Bezerra (MDB), Dr. Leonardo (Republicanos), Juarez Costa (MDB), Neri Geller (PP), Profª Rosa Neide (PT) e o deputado José Medeiros (PL) também votaram favoráveis, porém, Medeiros justificou que votou errado. “Acabei votando NÃO, totalmente convicto que o SIM estaria derrubando o veto.”
