O governador de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa (PMDB), pretendia comprometer os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – destinados para recuperar rodovias do Estado -, para pagar o empréstimo de R$ 120 milhões que almejava para concluir as obras da Arena Pantanal.
No entanto, o pedido de Silval, foi negado pela Caixa Econômica Federal. De acordo com nota emitida pela Caixa, o governador, por meio da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), solicitou o empréstimo junto à instituição, sob alegação de que a operação seria viabilizada por meio da linha de crédito de Contrapartidas do Programa de Aceleração do Crescimento (CPAC). Ou seja, o governo utilizaria dinheiro para financiar obras de infraestrutura ligadas ao PAC, como construção e pavimentação de rodovias, para investir em estádio de futebol.
A Caixa ainda ressaltou na nota que “estádio de futebol não se enquadra no PAC”, e por isso, negou a solicitação de empréstimo de Silval Barbosa.
“Não há nenhuma operação de crédito para estádio de futebol, via operação de crédito na linha CPAC em curso na CAIXA. Esta linha atende somente operações do PAC. Estádio de futebol não se enquadra no PAC. No caso do Mato Grosso, o estado propôs à CAIXA uma operação em linha de crédito com recursos da própria CAIXA, que não foi contratada” diz nota.
Empréstimo – O pedido de empréstimo do governo, no valor de R$ 120 milhões, seria designado para a implantação de tecnologia da informação e dos assentos da Arena Pantanal, e foi autorizado pela Assembleia Legislativa no último dia 11. A matéria foi apresentada em regime de urgência e sancionada na semana passada.
Dos R$ 120 milhões, o Estado iria gastar R$ 19,5 milhões para colocar 46.576 cadeiras na Arena Pantanal para os torcedores, que incluem arquibancadas e camarotes, 54 assentos para os jogadores reservas - equipe técnica e árbitros - 54 armários para vestiários e 662 cadeiras giratórias para a imprensa. O restante do dinheiro seria gasto com tecnologia da informação, como sistema de sonorização, telão, painel, detecção de alarme de incêndio e outros.