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Copa do Mundo Segunda-feira, 28 de Março de 2016, 10:37 - A | A

Segunda-feira, 28 de Março de 2016, 10h:37 - A | A

CPI

Direcionamento de licitação e prejuízo de R$ 500 milhões são possíveis “heranças” da Copa

Segundo Bezerra, os gestores da época perderam uma grande chance, pois foi o período que mais se conseguiu recursos federais para Mato Grosso

Redação VG Notícias com assessoria

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo de 2014, da Assembleia Legislativa (AL/MT), já identificou algumas irregularidades em contratos das obras da Copa, entre elas, indícios de direcionamento em licitação, participação fictícia de empresas em concorrências públicas e possível prejuízo de até R$ 50 milhões ao erário.

De acordo com o presidente das investigações, deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), ainda não é possível afirmar que houve desvio de recursos, mas, sim, “desperdício” de verba em obras que poderiam ter custado menos ao Estado.

Segundo Bezerra, os gestores da época perderam uma grande chance, pois foi o período que mais se conseguiu recursos federais para Mato Grosso e algumas pessoas trabalharam em prol de interesses particulares.

Nas obras da Arena Pantanal, conforme a CPI, há indícios da prática chamada “cobertura de licitação”, em que empresas participam da concorrência pública de forma fictícia; a oferta, por parte de empresas contratadas pelo governo, de descontos nos valores de serviços que sabidamente não seriam executados; bem como de que a contratação do Consórcio Santa Barbara/Mendes Júnior pode ter sido direcionada.

“O resultado da CPI será muito forte, até porque os indícios de irregularidades também são. Vamos apontar as anomalias que aconteceram no processo de preparação da Copa do Mundo. Serão levados aos Ministérios Públicos Estadual e Federal todos os detalhes da nossa investigação”, destacou Oscar Bezerra.

Ainda conforme o presidente, como o relatório não está concluído, não é possível adiantar quantas pessoas devem ser responsabilizadas. O socialista acredita, todavia, que o número de servidores públicos, autoridades e empresários que podem ter algum grau de envolvimento nas irregularidades chegue a até metade daqueles que já prestaram depoimento.

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