O secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke admitiu nesta terça-feira (08.10), durante entrevista coletiva, que grande parte das obras lançadas como preparativos da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá não deverão ser concluídos até o início do mundial. Valcke e membros do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL) realizaram na manhã de hoje uma vistoria nas obras na Capital.
Segundo ele, a FIFA está preocupado com a entrega das obras, já que muitas estão atrasadas – como apontou o relatório do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE). Ele garantiu que mesmo com atrasos, Cuiabá não será excluída como cidade sede do evento. “Teremos uma Copa com 12 cidades no Brasil e Cuiabá é uma delas”, afirmou Valcke.
O secretário acredita que a Arena Pantanal, a ampliação do aeroporto Marechal Rondon, os Centros Oficiais de Treinamento (COT) e o Fan Park, serão entregues dentro do prazo.
Questionado sobre a polêmica da compra das cadeiras para a Arena Pantanal no valor de R$ 19,4 milhões, o secretário declarou que a FIFA não exige assentos em 'ouro maciço', mas que as cadeiras cumpram as especificações exigidas para oferecer conforto às pessoas que forem acompanhar os jogos nos estádios.
Vistoria – Os membros da FIFA e do COL vistoriaram as obras da Arena Pantanal e do viaduto da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), construído sobre a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA), onde passará uma das linhas do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Protestos - A visita a Cuiabá também foi marcada por protestos de professores da rede Estadual que estão em greve desde 12 de agosto. No viaduto da Sefaz, com panelas e apitos, professores reivindicaram melhorias na qualidade de vida e reabertura do diálogo da categoria com o Governo de Mato Grosso.
Já na Arena Pantanal, um grupo de 50 pessoas- entre professores, estudantes e funcionários dos Correios, invadiu o canteiro de obras da Arena Pantanal e realizou uma manifestação no local.
Algumas pessoas chegaram a pichar frases no estádio cobrando mais investimentos em educação e saúde. “Copa pra quê”, “- Copa + Educação”. Os manifestantes montaram barracas dentro do estádio, sendo acompanhados pela polícia militar, mas os atos terminaram de forma pacífica.