Às vésperas de sediar a Copa do Mundo, cresce no Brasil o temor que o trabalho infantil e a exploração sexual deixem meninos e meninas ainda mais vulneráveis ao consumo de crack e outras drogas. Dentre os fatores que desencadeiam o uso de entorpecentes, a pobreza ainda é o principal deles, especialmente quando se trata de crack.
Nas cidades-sede do mundial de futebol as estruturas foram modernizadas. Porém, até o momento, não há sinal de esforço por parte das autoridades para acabar com a violação dos direitos humanos e o uso de psicotrópicos. Traficantes realizam seu comércio a céu aberto, durante todos os dias, seja nas metrópoles ou nos pequenos centros.
Pela estimativa do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), são esperados 600 mil visitantes estrangeiros para o Brasil e 3 milhões de viajantes nacionais, muitos em busca de diversão ocasionada pela falta de fiscalização a respeito do tráfico de drogas. É sabido que as duas temáticas estão diretamente ligadas. Em muitos Estados, a droga é oferecida como moeda de troca para o sexo.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) acredita que tão importante quanto promover a estrutura das cidades que irão sediar a Copa é despertar o olhar para o aliciamento de menores que ocorre durante os grandes eventos. E não basta desenvolver ações imediatistas, pois as raízes do problema são mais fundas. A temática merece atenção urgente da União na construção de uma política forte e perene.