Com medo de um possível desabamento, o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT) determinou nesta terça-feira (02.09) que o governo do Estado providencie o escoramento imediato do viaduto da Sefaz, após a obra apresentar falhas gravíssimas em sua estrutura.
De acordo com informações repassadas pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) ao TCE, o conserto vai demorar cerca de 120 dias e, sem uso, não há risco de desabamento. O trabalho de reparo será feito com acréscimo de concreto e aço em blocos de fundações e reparos (reforço) na armadura longitudinal, com uso de fibra de carbono e cordoalhas protendidas
As informações foram passadas atendendo às determinações do conselheiro Antonio Joaquim, que deu 48 horas para o secretário Maurício Guimarães apresentar informações técnicas sobre o viaduto da Sefaz e também sobre a trincheira do Santa Rosa.
Em medida cautelar homologada hoje pelo Pleno do TCE, foi referendada a determinação de contratação, em 15 dias, de uma empresa especializada independente para apresentar laudo de segurança sobre todas as obras relacionadas à Copa do Mundo.
Conforme o TCE, os laudos do viaduto da Sefaz e a trincheira do Santa Rosa devem ser entregues em prazo máximo de 30 dias, enquanto as demais obras em até 60 dias.
Os conselheiros criticaram as condições estruturais das obras e classificaram como uma situação “gravíssima”, sendo que algumas foram recém-inauguradas e outras ainda nem foram conclusas e já apresentam problemas.
“O governo tem que entender a gravidade da situação. É preciso dar tranquilidade às pessoas, que não podem conviver com informações sobre o risco de desabamento de obras”, afirmou o conselheiro Antonio Joaquim.
“Desde 2011 o TCE vem alertando o Governo Estadual sobre deficiência em planejamento e precariedade na fiscalização de suas obras”, registrou o conselheiro substituto Luiz Henrique Lima.
O conselheiro José Carlos Novelli disse que a prudência recomenda o escoramento do viaduto.
A medida cautelar homologada determina ainda à Secopa a conclusão das obras da avenida 8 de Abril, de alça do viaduto da UFMT e das obras da Trincheira Trabalhadores - Jurumirim e a aplicação de multas às empresas por atraso nas obras da Copa.