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Cidades Segunda-feira, 25 de Junho de 2012, 08:50 - A | A

Segunda-feira, 25 de Junho de 2012, 08h:50 - A | A

VLT: um novo modal de transporte para Cuiabá

O Veículo Leve sobre Trilhos de Cuiabá será o 1º da América Latina

por Diogo Carvalho/Secopa

Após a conclusão da licitação do novo modal de transporte para Cuiabá, o consórcio “VLT Cuiabá/Várzea Grande”, vencedor do certame prepara o início das obras nas principais avenidas de Cuiabá. A ordem para o início da execução dos serviços foi dada na última quinta-feira (21.06) e as empresas já trabalham na implantação do Veículo Leve sobre Trilhos. A implantação do VLT redesenhará o tráfego nas principais avenidas de Cuiabá e de Várzea Grande e proporcionará melhor qualidade e segurança no trânsito entre as duas maiores cidades mato-grossenses.

Para financiar os custos da implantação, o governador do Estado, Silval Barbosa, assinou na última segunda-feira (18.06) o contrato com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 423 milhões, que já haviam sidos aprovados para o Bus Rapid Transit (BRT) e serão redirecionados para o VLT.

A segunda etapa da liberação dos recursos deve acontecer nos próximos dias, com a assinatura do contrato de R$ 727,9 milhões financiados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) por meio da CEF.

O Governo de Mato Grosso entrará com o montante de R$ 110 milhões em contrapartida não financeira (valor das desapropriações), totalizando R$ 1,26 bilhão de investimento.

No valor contratado de R$ 1,477 bilhão, o Consórcio VLT Cuiabá/Várzea Grande terá a responsabilidade de executar os projetos básicos e executivos que incluem projeto de pavimentação, terraplenagem, drenagem, instalações elétricas, obra de arte especiais, rede de combate a incêndio e o projeto de desapropriação.

O fornecimento de material rodante (vagões do VLT) ficará sob responsabilidade da CAF Brasil Indústria e Comércio, que irá executar os projetos de fabricação e fornecimento, teste de fábrica, assistência técnica durante o tempo de obra, manuais de operação e manutenção e treinamento de equipe.

Além do material rodante, será atribuída à empresa a responsabilidade pelo sistema de alimentação elétrica, sinalização, sistema de telecomunicação, sistema de implantação de bilhetagem e arrecadação.

O consórcio também será responsável pela elaboração dos estudos de impacto ambiental e complementares, tais como licenciamento ambiental, estudo e relatoria de impacto de vizinhança e um estudo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nas áreas centrais de Cuiabá e Várzea Grande.

Execução de obras - Com dois eixos, CPA-Aeroporto e Coxipó-Centro, o modal será implantado no canteiro central das avenidas Historiador Rubens de Mendonça, FEB, 15 de Novembro, Tenente-Coronel Duarte (Prainha), Coronel Escolástico e Fernando Correa da Costa. Serão três terminaisde integração e 33 estações, que terão uma distância média de 500 a 600 metros entre um ponto e outro.

Na execução das obras, o consórcio será responsável pela edificação de obras de arte especial. Ao longo dos 22,2 quilômetros de trajeto do VLT serão edificados cinco viadutos, quatro trincheiras e três pontes.

Eixo Aeroporto-CPA - Com 15 Km de extensão, o trajeto CPA-Aeroporto contará com dois terminais de integração (CPA 1 e André Maggi, que terá um elevado ferroviário no Aeroporto Marechal Rondon), 22 estações de transbordo, quatro trincheiras (KM Zero, Avenida da FEB - Cristo Rei, Trigo Loureiro, Rua Luís Felipe, dois viadutos (elevado ferroviário no Aeroporto Marechal Rondon e próximo à Sefaz, na região do CPA) e uma ponte sobre o rio Cuiabá. Nesse eixo será feito também a reestruturação do canal da Prainha, na região central de Cuiabá.

Eixo Coxipó - Centro - O eixo Coxipó-Centro terá 7,2 quilômetros de extensão, um terminal de integração (Coxipó), 11 estações de transbordo, três viadutos (MT 040, avenida Beira Rio e um no trevo da UFMT) e duas pontes sobre o rio Coxipó.

Os terminais terão estacionamento para veículos e bicicletário, ampliando o potencial de mobilidade urbana na Capital e em Várzea Grande. O projeto prevê também que todos os critérios de acessibilidade serão contemplados na elaboração dos projetos básico, executivo e consequentemente, na execução das obras.

O sistema de bilhetagem deverá ser compatível e integrado aos sistemas de arrecadação utilizados nos transportes públicos de Cuiabá e Várzea Grande, hoje em operação em seus ônibus (bilhetes, cartões, máquinas de venda e validadores). A capacidade máxima de passageiros será de 400 pessoas por vagão e a velocidade de operação prevista é 60 km.

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