O vereador Renivaldo Nascimento (PSDB), membro da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, criticou a oposição por vazar seu áudio, chamando a atenção dos colegas para "não jogarem pedra" no vereador Paulo Henrique (MDB), preso por suposto envolvimento com facção criminosa. No áudio vazado do grupo de WhatsApp dos vereadores, Nascimento diz que os colegas possuem "rabo preso".
A declaração foi após os vereadores de oposição cobrarem ação da Comissão de Ética. Ele justificou que a Comissão de Ética não deixou de atuar, mesmo antes da instauração da investigação, definida em reunião nessa terça-feira (24.09).
Nascimento apontou falta de ética dos colegas por vazar o áudio e classificou que a manifestação dos vereadores de oposição é eleitoreira. Segundo ele, a oposição não é paladina na Casa e precisa se atentar à obrigação de apurar, analisar e julgar, sem pisotear e sem crucificar.
“Tem que ter responsabilidade. (...) Quem manifestou naquele dia falando em abertura de comissão fez uma manifestação eleitoreira. Por isso eu disse que aqui cada um cuida de seu rabo. Isso é uma questão Bíblica. Só atire a primeira pedra quem puder. Essa Câmara precisa agir pela legalidade, não só por questões eleitoreiras", declarou o parlamentar.
Seguindo com as críticas, Renivaldo Nascimento afirmou que os colegas tripudiam de Paulo Henrique, mas quando ainda estava na Casa, não o procuraram. “O que estou vendo nesta Casa é gente que não trabalha quatro anos, só marqueteiro. E querem tripudiar na situação. Não é a oposição que quer a apuração. Os vereadores querem e eu quero também.”
Resposta da oposição
A vereadora de oposição, Maysa Leão (Republicanos) rebateu as falas do parlamentar no áudio vazado, afirmando que não teme as ameaças de colocar “a boca no trombone” Renivaldo sobre críticas de quem tem “rabo preso”.
“Eu não tenho telhado de vidro. Eu não tenho podre, eu não tenho medo e ele não vai me intimidar”, declarou Maysa.
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