O urologista Newton Tafuri, em um bate-papo em vídeocast com “A Vovó Ta On”, de Cida Conagin, falou sobre a prótese peniana inflável, para resolver a disfunção erétil ou impotência sexual, para ajudar muitos homens que vem sofrendo nos últimos 25 anos.
Com início na Alemanha, o primeiro estudo realizado sobre prótese peniana foi na década de 30, em 1936, na Primeira Guerra Mundial, quando um médico alemão desenvolveu um estudo com os soldados mutilados que sofreram perdas, tentando recompor de alguma forma a genitália, o pênis, para que esses soldados pudessem voltar à atividade sexual e urinar normalmente.
Segundo o médico, à época, estes estudos foram realizados usando cartilagem de costelas, isso foi o primeiro estudo, depois na década de 50 e 52. Já nos Estados Unidos foi desenvolvida a primeira prótese de material sintético que era de acrílico, bastante rígida. Porém, com o passar dos anos, os materiais foram se aprimorando - e em 1964 surgiu a primeira prótese de silicone.
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“Estas próteses modernas que nós utilizamos hoje de mecanismo hidráulico, já são da década de 1973 a 1975, que começou a ser desenvolvida nos Estados Unidos” - contou Tafuri.
O médico disse que a procura pelo tratamento está relacionada a longevidade. “Na verdade, como as pessoas têm vivido mais, tanto homens, quanto mulheres, além da longevidade sempre buscam uma qualidade de vida, uma autoestima e todos querem viver bem e a atividade sexual faz parte de tudo isso”, explicou.
Ele destacou ainda que algumas doenças, a exemplo da diabetes, acabam fazendo que tanto o homem, quanto a mulher percam a capacidade sexual e no caso do homem, deixa de ter uma ereção rígida que poderia propiciar uma relação sexual satisfatória.
Uma grande parte dos homens trata com medicamentos que resolve a maioria dos problemas, mas têm os casos mais graves que a pessoa não pode fazer os demais tratamentos, estes são os que têm indicação para a prótese.
Existem dois tipos de prótese: as rígidas e semirrígidas, que são feitas com hastes de silicone. Estas hastes são introduzidas no pênis ocupando a estrutura das cavidades interior do órgão, no caso da prótese inflável, ela tem dois modelos, a de dois volumes e a prótese de três volumes, a de dois volumes é uma prótese de mecanismo mais simples na qual um volume são as hastes, e a de três volumes, o terceiro volume é uma bombinha que fica alojada sob a pele na bolsa escrotal, perto dos testículos, essa bombinha que vai ser acionada e o líquido que flui da bombinha, que é o reservatório onde fica um líquido, vai para as cavidades do pênis provocando a ereção. Ao término da relação à bombinha novamente é acionada, destrava e o líquido volta para o reservatório amolecendo o pênis. Isso não exige nenhum tipo de bateria, não tem que ficar trocando o líquido, não tem que ficar fazendo revisão, e a expectativa de duração pra este tipo de prótese tem uma validade de dez a quinze anos.
O urologista disse que em relação aos riscos, eles são como qualquer procedimento cirúrgico, agora no caso dos implantes de prótese penial tem que ter bastante cuidado com casos de infecção porque é um corpo estanho que vai ser colocado dentro do organismo, e, considerando que grande porcentagem dos pacientes são diabéticos é necessário cuidar muito bem, esse é o maior problema.
Quanto ao prazer tudo é normal considerando que toda vontade e desejo estão na cabeça de cada um e a ejaculação vai depender de cada paciente. Antes da cirurgia o médico trabalha bastante a expectativa do homem e da parceira, se for o caso, porque a expectativa nunca vai poder comparar quando o homem tinha 20 anos se hoje ele tem 70 anos, mas se ele, antes da cirurgia, não tem quase nenhuma ereção ou nenhuma ereção, se o homem alinhar essa ideia, ele vai ter uma porcentagem importante de satisfação, que será acima de 90%.
Após o período de adaptação que é em torno de 45 dias, geralmente os pacientes retornam ao consultório e demonstram felicidade.
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