Os professores da rede municipal de Várzea Grande rejeitaram a segunda proposta de negociação da Prefeitura que tinha como objetivo encerrar a greve que já duram 22 dias. A recusa da proposta foi aprovada na manhã desta terça-feira (11.03), em assembleia geral.
“A proposta está muito aquém da ideal. A proposta não aborda o Plano de Cargo, Carreira e Salários, reajuste do piso salarial e outros pontos como profissionalização da classe. Devido à falta destes pontos, a categoria decidiu manter a greve por tempo indeterminado”, disse a Gilmar Soares presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG).
A Prefeitura apresentou na última sexta (07.03) uma proposta para os professores com reajuste de 10,11% no piso salarial da categoria, sendo que o aumento será retroativo com data de janeiro. Além desse aumento, foi proposto ainda, conceder em 2014, um novo reajuste de mais 6%, totalizando um aumento total de 16,11%. Porém, de acordo com a categoria, o documento não consta as datas de quando os reajustes serão concedidos à categoria.
Segundo Gilmar, a Prefeitura apresentou na manhã desta terça, um novo documento onde apresentava proposta para dois pontos de reivindicação da classe, no caso o PCCS e a profissionalização dos trabalhadores. Porém, mesmo com a proposta, a categoria não voltou atrás na decisão e decidiu manter a paralisação.
O PCCS, de acordo com Gilmar, teria que passar por uma avaliação da categoria, fato que não ocorreu. A Prefeitura apresentou o documento como ‘concluso’, o qual não possibilitaria que os professores opine em alguns pontos que possa provocar perdas a classe.
Piso Salarial - Conforme Gilmar, a forma que a Prefeitura quer conceder o reajuste faz com que a categoria perca ainda mais, em relação ao piso. “Eles querem conceder um aumento em cima do salário de 2012, isso só faz com que a categoria perca e não produz melhoria salarial nenhuma a classe. Queremos que seja concedido aumento de 7,97% no valor do piso de 2013, e depois em cima deste valor, um novo reajuste de 8,32% em relação a 2014. Esse é o certo a se fazer e não a forma com que a Prefeitura propôs”, explicou o presidente do Sintep/VG.
A Secretaria Municipal de Educação informou que não deve abrir uma nova rodada de negociação com a categoria, na intenção de conceder um reajuste maior para os professores, e disse que a proposta apresentada atende ao pedido da categoria.
Outras reivindicações - Além do reajuste no piso salarial, a reestruturação do Plano de Cargo, Carreira e Salários, os professores da rede municipal reivindicam o pagamento de férias e a concessão de licença-prêmio.
A categoria pede ainda, a revisão do enquadramento de 2010, com calendário de pagamento dos valores retroativos, fato que segundo a categoria, até o momento não foi apresentado nenhuma proposta sobre o assunto.
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