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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou nessa sexta-feira (15.03) que em decorrência da crise na Saúde de Mato Grosso e dos atrasos nos repasses por parte do Estado aos municípios para o setor, a Capital está “carregando nas costas, sozinha, a Saúde Pública do Estado”, por meio de atendimentos nas unidades hospitalares sem que o Governo e nem as Prefeituras do interior efetuem qualquer ajuda financeira para manutenção e custos dos tratamentos.
A declaração ocorreu em entrevista coletiva ao tratar sobre a situação caótica e financeira da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. “Bem ou mal, Cuiabá está levando nas costas a Saúde Pública do Estado. Quem está salvando vidas, segurando a onda, como diz o deitado, é a Prefeitura municipal de Cuiabá, bem ou mal. Olha que é ataque o dia inteiro”, pontuou o gestor.
Pinheiro relatou que vem deixando recursos na Atenção Básica do município, como postos de saúde e Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), para injetar recursos em hospitais como a própria Santa Casa de Misericórdia que na sua grande maioria atende pacientes do interior e apenas uma parcela de moradores da Capital. Dados apontam que 70% das pessoas atendidas neste hospital são do interior do Estado e 30% de Cuiabá.
Conforme o gestor, em decorrência deste grande número de pessoas que vem do interior, o Estado precisa contribuir financeiramente com a Prefeitura da Capital, como por exemplo, repassar os R$ 60 milhões referente aos repasses em atraso e os mais de R$ 82 milhões da emenda para equipamento do Novo Pronto-Socorro, ou seja, um total de R$ 140 milhões.
“Cuiabá é a heroína de todos os Poderes e Instituições porque carrega sozinha nas costas a Saúde Pública bem ou mal com todos os problemas. O Estado tem que fazer sua parte. O sistema SUS é universal, funciona de porta aberta e cada município tem que pagar para ter o paciente aqui em Cuiabá. Eles pagam? O Estado tem que pagar, e ele paga? Mas, apesar disso, nós não fechamos a porta na cara de ninguém que busca atendimento aqui em Cuiabá”, finalizou o prefeito, ao afirmar que irá procurar o governador do Estado, Mauro Mendes (DEM), para buscar os repasses em atraso.
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