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Cidades Sexta-feira, 02 de Dezembro de 2022, 13:10 - A | A

Sexta-feira, 02 de Dezembro de 2022, 13h:10 - A | A

será remarcada

Por tumultuo de assessor do Cattani, decisão sobre militarização da Adalgisa de Barros é adiada

Os estudantes relataram que a Seduc-MT tirou direito do voto de alguns alunos: "Podemos tirar título para votar em presidente, mas não podemos votar em uma decisão que vai ficar marcada na história da escola"

Adriana Assunção/VGN

A audiência pública para votação que decidiria sobre a transformação da E. E. Adalgisa de Barros, em Várzea Grande, em escola militar, foi cancelada após confusão na noite dessa quinta-feira (1º.12). A votação, onde a maioria decide, tinha como objetivo ouvir a comunidade escolar, entre eles, pais e alunos. Porém, ao alguns estudantes relataram que uma representante da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) tirou direito do voto de alguns alunos.

"Desde o início um senhor (assessor que não se identificou à comunidade) que estava com o deputado Gilberto Cattani, ele afirmava que os alunos usavam narguilé, ele induzia uma aluna falar inverdades. Eu intervi na fala dele, a aluna ficou nervosa, uma menor de idade. Ele perguntou se eu sabia cantar o hino, e nós perguntamos qual a formação pedagógica dele, e, de fato, ele não tem. Ele provocou os alunos, os professores causando a interrupção. Muitos tentaram falar, ex-alunos da escola aprovados em Universidades não tiveram direito a fala, mas esse assessor que incitava violência teve. E só foi encerrada a votação porque houve um pedido para não dar fala a ele. Viram que esse projeto de militarização seria rejeitado pela maioria, outra coisa, também não estavam dando direito ao voto para os alunos", disse professora da escola,  Jaqueline Elizabeth da Costa, mestre em Educação Física pela UFMT.

Já o deputado estadual Gilberto Cattani escreveu em suas redes sociais que participou da audiência pública, apesar das vaias e xingamentos dos sindicalistas, alguns professores e alunos (muitas vezes vítimas de doutrinação). "Pude mandar meu recado aos pais, que em sua maioria apoiam o modelo militar. Por causa da desordem não houve votação para decidir o futuro da unidade de ensino."  

Uma das alunas, Clara Luz Caetano Rodrigues, 16 anos, lamentou ser privada do voto no projeto de militarização da escola.

"O dia de ontem vai ficar para história da Educação da escola Adalgisa de Barros. Uma escola com 60 anos de história, 60 anos de luta, de muita liberdade de expressão, muita Democracia e muita diversidade. Ontem nós alunos menores de 18 anos não conseguimos votar, o motivo não sei. Então, fica aí minha indignação e dos alunos, porque já podemos tirar título para votar para presidente, mas para votar em uma decisão que vai ficar marcada na história da escola a gente não pode participar. É inadmissível esse sistema", reclamou Clara Luz, da turma do 1°A.  

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Em nota, a Secretaria informou ao que o cancelamento de audiência pública para discutir com a comunidade estudantil, professores, profissionais da Educação, autoridades e entidades da sociedade civil, a possibilidade de transformação da Escola Estadual ‘Adalgisa de Barros’ se deu por questões de ordem.

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“Durante o andamento dos trabalhos, a escola foi invadida por manifestantes contrários à transformação. Alguns deles, inclusive, tentaram tomar à força o microfone de um dos palestrantes durante a fala. Sendo assim, para resguardar a integridade física dos participantes e convidados, além da lisura do processo, o evento foi imediatamente cancelado e será remarcada outra data para a sua realização por meio da Secretaria Adjunta de Gestão Regional (SAGR) e da Coordenadoria de Escolas Militares (CEM)”, cita trecho da nota.

Atualizada às 15h55 - A assessoria do deputado entrou em contato com a redação negando que a pessoa que acompanhava o deputado Gilberto Cattani seria seu assessor. Porém, as testemunhas reiteram a informação de que o suposto causador do tumultuo se identificou como assessor. 

 

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