Os policiais civis de Mato Grosso, por meio dos Sindicatos, enviaram uma nota nesta quarta-feira (22.07) repudiando a declaração do governador, Mauro Mendes (DEM) no qual afirmou que o Ministério Público do Estado (MPE) trabalha igual “a polícia que atira primeiro e pergunta depois”, fato que gerou indignação em todas as corporações.
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O presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil (Sindepojuc/MT), Davi Nogueira, afirmou que o governador está denegrindo a imagem da polícia, e que caso a “polícia atirasse primeiro e pergunta depois”, a culpa é de Mendes por ser o “chefe maior da Policia Civil”.
“Caberia ao governador corrigir esse tipo de desvio de conduta nas corporações. Infelizmente, o governador está com o pensamento errôneo sobre o nosso trabalho, mostrando total desconhecimento”, declarou Nogueira.
A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de Mato Grosso (Sindepo), Maria Alice Barros Martins Amorim, disse que Mauro mostra total desconhecimento do trabalho dos profissionais da Segurança Pública com tal declaração e que sua fala foi injusta “com inúmeros policiais que dia e noite saem às ruas para resguardar a sociedade”.
“O governador foi extremamente injusto com inúmeros policiais que dia e noite saem às ruas para resguardar a sociedade. Os números estatísticos podem revelar o equívoco cometido pelo nosso chefe do Executivo. As estatísticas revelam alto índice de resolutividade. Portanto, não, senhor governador! Nós não atiramos para investigar. Nós investigamos para salvar vidas. Sua fala é de completo desconhecimento!”, disse a delegada.
Veja nota na íntegra
SINDICATOS
Os sindicatos que representam as três categorias que compõem a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso: Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil (Sindepojuc), Sindicato dos Delegados de PolÍcia -MT (Sindepo) e o Sindicato Investigadores de Policia Civil do Estado de Mato Grosso (Sinpol-MT), rechaçaram a fala do governador Mauro Mendes, durante entrevista a Rádio Capital FM, nesta quarta-feira (22) por considerá-la pejorativa e de total desconhecimento sobre o exímio trabalho da polícia no Estado.
Na entrevista, ao ser questionado sobre a fiscalização de possíveis superfaturamentos em compras do Estado e municípios, no período da pandemia, o governador Mendes disse que o Ministério Público do Estado – MPE trabalha igual “a polícia que atira primeiro e pergunta depois”, fato que gerou indignação em todas as corporações.
“O governador Mauro Mendes, como chefe de estado, está denegrindo a imagem da polícia, tratando como se esse comportamento fosse comum dentro da polícia. E, ainda assim, se fosse verdade, o grande culpado seria ele [Mendes] próprio, uma vez que é o chefe maior da Policia Civil. Caberia ao governador corrigir esse tipo de desvio de conduta nas corporações. Infelizmente, o governador está com o pensamento errôneo sobre o nosso trabalho, mostrando total desconhecimento”, afirmou Davi Nogueira.
Da mesma forma, a presidente do Sindepo, delegada Maria Alice Barros Martins Amorim criticou o posicionamento de Mendes. “Lamentamos o desconhecimento do governador. Infelizmente, sua fala reflete que ele não conhece a polícia que ele mesmo [Mendes] chefia. Temos corpo técnico extremamente gabaritado, que trabalha diuturnamente para apresentar um produto técnico-científico que resguarda pela veracidade dos fatos investigados e, principalmente, pela segurança do cidadão. O governador foi extremamente injusto com inúmeros policiais que dia e noite saem às ruas para resguardar a sociedade. Os números estatísticos podem revelar o equívoco cometido pelo nosso chefe do Executivo. As estatísticas revelam alto índice de resolutividade. Portanto, não, senhor governador! Nós não atiramos para investigar. Nós investigamos para salvar vidas. Sua fala é de completo desconhecimento!”, assegurou a delegada.
“Entendemos que ao emitir uma opinião rasa, sem aprofundamento, sem estudo e conhecimento de causa, o governador está prestando um desserviço a Segurança Pública e ao próprio estado”, afirmou o presidente em exercício Sinpol, investigador Glaucio de Abreu Castañon.
De acordo com o presidente do sindicato, escrivão Davi Nogueira, a categoria espera que a diretoria da Polícia Judiciária Civil – PJC/MT se manifeste sobre a afirmação do governador, que repercutiu em diversos veículos de comunicação, denegrindo o trabalho sério desempenhado pela polícia de Mato Grosso.
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