O secretário de Governo de Várzea Grande, Benedito Gonçalo de Figueiredo – popularmente conhecido como Dito Loro, afirmou em entrevista ao , que o passe livre para aos estudantes do município, anunciado pelo prefeito Kalil Baracat (MDB) a partir de fevereiro de 2023, custará aos cofres públicos de R$ 800 mil a R$ 1 milhão.
O anúncio foi feito pelo prefeito em 17 de novembro, durante o lançamento do projeto Conect Geração, que visa integrar as políticas públicas voltadas aos jovens, aos idosos e às pessoas com deficiência. Leia matéria relacionada - Kalil anuncia passe livre aos estudantes de VG a partir de fevereiro de 2023
Conforme o secretário, o passe livre é uma luta dos estudantes e agora uma vitória deles. Dito parabenizou a reivindicação atendida pelo prefeito Kalil. A Lei n.º 2.758, de autoria da falecida vereadora Aziza Baracat, tia do prefeito, que determina gratuidade do transporte coletivo aos estudantes da cidade, foi sancionada em 2005, pelo então prefeito Murilo Domingos (falecido).
Dito disse que já foi aluno da rede pública e sabe da dificuldade das pessoas mais simples e carentes que dependem do ônibus. Ele citou, ainda, aqueles casos, onde as crianças acabam não indo para escola, pois os pais não têm condições de arrumar o dinheiro para o transporte.
Questionado quem será e quantos serão os beneficiados com o passe livre, o secretário disse que estudantes municipais e estaduais, pois não tem como escolher. Mas acredita que em torno de 60 mil alunos.
No entanto, o gestor destacou que conforme os critérios, só será beneficiado aquele que necessitar mesmo, ou seja, vai depender do domicílio do aluno. Segundo ele, o que não acontecerá é um aluno ser de Cuiabá e estudar em Várzea Grande, esse não terá direito ao passe livre, pois um dos critérios é o local de domicílio, morar em Várzea Grande.
O secretário deu como exemplo, também, quem mora perto da escola. Segundo ele, o caso de o aluno morar próximo ao Licínio Monteiro e estudar no Licínio, esse estudante não terá direito ao passe livre. “Então o domicílio vai caracterizar sua necessidade”.
Indagado sobre o valor que custará à Prefeitura, o gestor explicou que hoje a administração pública paga em média R$ 400 a R$ 500 mil por mês, referente a meia passagem, e com a gratuidade integral para o ano que vem, custará em torno de R$ 800 mil a R$ 1 milhão por mês. Segundo ele, é um empreendimento social de extrema importância, mas custoso, por ser caro.
Em relação à inserção dos valores no orçamento da LOA/2023, Dito Loro confirmou que sim, que já foram inseridos, e salientou que não foi colocado antes, pois seria um presente do prefeito Kalil na data de comemoração ao dia do estudante. “Se tivéssemos colocado antes o povo ia saber do passe livre, e o prefeito Kalil queria fazer um presente”.
A reportagem tentou contato com a assessoria da Câmara de Vereadores, para saber se a LOA/2023 já tem prazo para ser votada, a assessoria informou que não. Ao ser questionada sobre uma previsão da data, a assessoria não respondeu.
Segundo informações, de acordo com artigo 230, §2 do Regimento Interno da Câmara Municipal, o Legislativo funcionará, se necessário, em sessões extraordinárias, de modo que a discussão e votação do Orçamento estejam concluídos até 15 de dezembro, sob pena de, ultrapassada esta data, o projeto ser promulgado pelo Prefeito, no original.
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