Pais e representantes de autistas reuniram na manhã desta quinta-feira (09.09) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT) para pedir apoio contra cobrança abusiva de coparticipação pela Unimed, em Cuiabá.
Ontem, o grupo protestou contra a cobrança repentina de até R$ 30 mil em coparticipações das famílias, que possuem processo judicial.
Em entrevista ao , Andréia Gonçalves - mãe de paciente - relatou que a cobrança abusiva veio junto ao boleto mensal, dificultando a forma de pagamento e consecutivamente o tratamento da filha especial.
É um valor absurdo nós não recebemos nenhum aviso prévio, é revoltante
“Estamos aqui hoje porque a minha filha é especial, ela tem paralisia cerebral infantil, há mais de três anos ela faz terapia intensiva pelo convênio Unimed, que foi ganho pela justiça, o juiz determinou que ela precisa fazer fisioterapia todos os dias. Agora final de agosto eu recebi uma notificação da Unimed cobrando a coparticipação de todas essas terapias. E esse boleto da coparticipação veio junto com o Boleto mensal. Então eu não tenho como pagar um boleto de R$ 18 mil para minha filha continuar o tratamento”, relatou a Andréia.
A Unimed marcou uma reunião com os deputados, grupo de mães, pacientes e advogados para encontrar uma solução: “Fizemos carreata do Palácio até em frente a Unimed, mas ninguém apareceu, ninguém da Cooperativa. Agora tivemos uma reunião na Presidência e os deputados estão nos apoiando. Eles vão nos ajudar se Deus quiser vai dar certo."
A Unimed Cuiabá informou por meio de nota que vai receber de forma presencial, pais de autistas para tratar sobre coparticipação nesta sexta-feira, às 15 horas, no auditório da Cooperativa. A reunião seguirá as medidas de biossegurança vigentes.
Segundo a nota, a coparticipação em consultas e outros serviços prestados pela Operadora de Saúde é prevista em contratos nesta modalidade. A Cooperativa está encaminhando a cobrança aos beneficiários que fizeram uso do plano para terapias (psicologia, fonoaudiologia, nutrição, terapia ocupacional e/ou home care), sem o devido pagamento.
“Em conformidade com os princípios da gestão, a Unimed Cuiabá está procedendo estritamente conforme a legislação que prevê prazo prescricional de cinco anos. Além disso, abriu canal de negociação específico para os clientes que preferirem o parcelamento do débito”, cita trecho da nota.
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