As investigações em relação ao advogado Luiz Antônio Rodrigues da Silva, 49 anos, controlador concursado da Câmara de Vereadores de Santo Antônio de Leverger (33 km de Cuiabá), acusado recentemente de estupros por meio de uma organização religiosa na qual ele atua como pai de santo, estão tomando um rumo que contradiz as acusações feitas por algumas das vítimas.
Nesta semana, a defesa do advogado apresentou evidências que questionam a veracidade dos acontecimentos que levaram à sua prisão e acusação. Uma das evidências, à qual o teve acesso exclusivo, são prints de conversas entre o advogado e algumas das vítimas.
A defesa alega que uma das denunciantes, menor de idade, consentiu com a relação e estava ciente da situação. Segundo a defesa, a menor teria denunciado o advogado por vingança, após ele não ter mais interesse em continuar o relacionamento. Os prints das conversas mostram que a menor afirmou gostar dos encontros com o acusado e que ele não era seu único parceiro, mas sim o quinto da lista. A menor chega a dizer ainda que Luiz é bonito e completa afirmando: “pena que não é só meu”, a conversa entre os dois tomam rumos picantes e mostram que ambos estavam envolvidos emocionalmente.
Outras mulheres que alegaram importunação sexual por parte do advogado também teriam consentido o envolvimento, inclusive algumas delas eram casadas, de acordo com a defesa. Os prints mostram conversas picantes e sugestivas, nas quais ambas as partes parecem estar envolvidas emocionalmente.
A defesa também menciona que uma das denunciantes, com as iniciais H.B., que declarou que o advogado a importunava, enviou mensagens a ele, expressando seu desejo de entender o que estava acontecendo após sonhar com o pai de santo. Em resposta, o advogado sugeriu um encontro para discutir a situação, ao que H.B. afirmou que não poderia ir pessoalmente, pois algo que ela não gostaria aconteceria, mas que, ao vê-lo pessoalmente, seu desejo aumentaria.
Outra conversa envolve uma mulher com a inicial M., que trocou mensagens sugestivas com o advogado, enviando fotos de lingerie e recebendo elogios. Em determinado momento, a mulher menciona que, se o controlador quisesse vê-la pessoalmente, o encontro já teria ocorrido.
A defesa também destaca o caso de uma denunciante, com as iniciais A.G., que é assessora de um deputado estadual em exercício. Segundo a defesa, a assessora entrou em contato com o advogado pelas redes sociais solicitando ajuda espiritual para fins pessoais, o que resultou em uma denúncia após seu pedido ter sido negado.
Segundo a defesa, a assessora procurou o advogado pelas redes sociais, dizendo que queria ficar com um colega de trabalho, e pediu as entidades, para que a esposa do seu ficante abortasse o filho que estava esperando e ela ficasse grávida do assessor. Além dos prints, a defesa de Luiz Antônio Rodrigues da Silva, também mencionou inconsistências no relato da vítima, e expressou dúvidas sobre sua discussão. Eles alegaram que a acusação pode ser motivada por interesses pessoais ou profissionais.
Além disso, a forma como o advogado foi conduzido à delegacia, com o uso de algemas, foi questionada pela defesa, que apontou o possível descumprimento de leis relacionadas ao uso de algemas na condução de pessoas.
Todos os prints e informações sobre o caso foram entregues com exclusividade ao para o acusado ter direto de resposta.
As autoridades locais estão revisando todas as evidências apresentadas pela defesa e pela acusação, e a investigação continua em andamento.
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