A atual empresa responsável pela administração do Restaurante Popular de Várzea Grande, Organização Não Governamental (ONG) Creche Bom Pastor, pode deixar de comandar o local. A informação partiu do secretário municipal de Assistência Social, Marilson Damião.
De acordo com o secretário, a Procuradoria Geral do município juntamente com a Secretaria de Governo, estão fazendo um estudo para avaliar qual a melhor opção para o município em continuar deixando a ONG administrar o local ou passar para outra administradora e até mesmo fazer uma adesão ao contrato do Estado, como fez na última semana o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB).
“Estamos fazendo um estudo e podemos até fazer uma adesão ao Estado. Pode também continuar sendo administrada pela ONG que hoje está lá, ou até passarmos para outra ONG”, revelou o secretário.
Segundo ele, o estudo é preliminar e pode detectar que passando a administração do Restaurante Popular para o Estado, teria um custo menor para Prefeitura, que no momento vem fazendo contenção de gastos em diversos setores da cidade. Outro fator que pode contribuir para a mudança seria que a refeição que custa hoje R$ 2,00 passaria a ser oferecida à R$ 1,50, no mesmo valor de Cuiabá. Atualmente cerca de 600 a 700 pessoas realizam refeições no local.
Apesar disso, o secretário comunicou que na sexta-feira (01.02) a prefeitura firmou um contrato provisório com a Organização Não Governamental (ONG) Creche Bom Pastor, de 60 dias para que a empresa continue a realizar o serviço. No entanto, o contrato pode ser interrompido a qualquer momento com a ONG, caso a Prefeitura opte em tomar uma decisão antes do final do prazo contratual.
Cuiabá - Na semana passada, a Prefeitura de Cuiabá não renovou o contrato com a Organização Não Governamental (ONG) Wantuil de Freitas que administrava o Restaurante Popular da Capital e realizou um contrato emergencial com a empresa que atende o Restaurante Popular do Governo do Estado. A Prefeitura não renovou devido a uma série de irregularidades apontadas pela Procuradoria Geral do Município ainda na gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB).
Irregularidades - Assim como em Cuiabá, a administradora de Várzea Grande tem uma série de irregularidades, além de oferecer refeições em um preço mais alto, comparado com o da Capital, no local, segundo denúncias, são comercializadas bebidas – como refrigerante-, fator este que é considerado ilegal.
A entidade operou no município de forma irregular, devido a não renovação do contrato que era para ter sido feito em 30 de dezembro de 2011, mas que só foi feita nesta sexta.
A Prefeitura de Várzea Grande repassou a administração do Restaurante Popular para a ONG e Creche Bom Pastor em abril de 2008. No entanto, a ONG terceirizou o serviço para a empresa Nobre Refeições Coletivas, fato considerado ilegal.
Em abril do ano passado o município chegou a anunciar que abriria uma licitação para definir uma nova administradora do Restaurante Popular, no entanto, não foi realizado e a ONG continua administrando o local.
Restaurante Popular - O Restaurante Popular é um dos programas integrados à rede de ações e programas do Fome Zero, política de inclusão social estabelecida em 2003 pelo Governo Federal.
O objetivo do programa é apoiar a implantação e modernização de restaurantes públicos populares geridos pelo setor público municipal e por meio de Organizações Não Governamentais (ONGs).
Em Várzea Grande o restaurante serve diariamente entre 600 a 700 refeições e por mês 12 mil pratos são servidos aos frequentadores. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira das 11h às 14h e conta ainda com cardápio variado elaborado por nutricionista. O valor da refeição é de R$ 2 - composta por arroz, feijão, carne, guarnições e salada.
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