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Cidades Quarta-feira, 10 de Abril de 2013, 16:04 - A | A

Quarta-feira, 10 de Abril de 2013, 16h:04 - A | A

Falta de Segurança

Novo prédio do “Postão” em VG não atende normas de segurança e traz risco à vida de pacientes; O local não tem equipamentos contra incêndio

Novo prédio do “Postão” em VG não atende normas de segurança e traz risco à vida de pacientes; O local não tem equipamentos contra incêndio.

por Edina Araújo & Thaiza Assunção/VG Notícias

O novo prédio do Centro de Especialidades Médicas de Várzea Grande – “Postão” – que foi inaugurado recentemente -, não obedece às normas de segurança e não está preparado para agir de forma correta em casos de incêndios - como o da boate Kiss em Santa Maria – RS, que matou 241 pessoas no final de janeiro de 2013.

Enquanto o coordenador Avelino Ribeiro da Silva – conhecido popularmente como Mamão, abandona o local para dar expediente no Cartório do 2º Ofício, o Centro de Especialidades não possui nenhum extintor e põe em risco a vida de pacientes que procuram o local para atendimento médico.

O Postão também não conta com um hidrante - espécie de caixa d’água que serve para ajudar os bombeiros em caso de incêndio.  A paciente, Maria Limpias disse ter medo de ficar no local por muito tempo.

“Em Várzea Grande tem que rezar para não ficar doente, porque além de não ter médicos e medicamentos, os postos de saúde da cidade, não possuem nenhuma segurança” , desabafou a paciente.

Procurado pelo VG Notícias, o coordenador do Centro de Especialidades Médicas, Mamão, disse que assim que assumiu o cargo enviou um ofício para a Secretaria de Saúde sob comando da primeira-dama do município, Jaqueline Guimarães, solicitando todos os equipamentos de segurança.

No entanto, de acordo com o coordenador, até o momento ele não obteve uma resposta da secretária. Mamão expôs ainda, que talvez não tenha recebido a resposta porque a atual administração tem sofrido com a falta de recursos.

Locação - Importante destacar, que o prédio que abriga o Complexo de Saúde pertence ao empresário Josias Guimarães, irmão do prefeito Wallace Guimarães (PMDB) e cunhado da secretária de Saúde do município, Jaqueline Guimarães. A área possui 2.854 metros quadrados e mensalmente, sua locação custa R$ 25 mil aos cofres municipais.

Os equipamentos de segurança do prédio é por conta do locatário, ou seja, Josias Guimarães, mas até hoje as normas não foram respeitadas - e o local não conta sequer com um extintor para uma emergência.

Entenda o caso: A Prefeitura de Várzea Grande, por meio de ato de dispensa de licitação nº 021/2010 locou para fins comerciais imóvel de 2.854 metros quadrados, no valor de R$ 300 mil, de propriedade do médico, Josias Santos Guimarães – irmão do atual prefeito, Wallace Guimarães (PMDB).

O imóvel está localizado entre as ruas São Pedro esquina com Santo Antônio, mesmo endereço do antigo “Hospital Maternidade São Francisco de Assis” - que foi a falência, indo a leilão pela Caixa Econômica Federal e sendo comprado posteriormente por Josias. No entanto, por mais de cinco anos, o prédio ficou desativado. O contrato, inicialmente, tinha validade por um ano. Mensalmente, a locação custa aos cofres públicos R$ 25 mil.

O então prefeito interino, na época, Tião da Zaeli (PSD) avalizou a locação e disse que o patrimônio atendia as exigências necessárias para abrigar o novo Centro de Saúde.  Mas, em visita ao local, à reportagem constatou que o contrato não segue os parâmetros exigidos na Lei de licitação que prevê “para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia”.

Vistoria: O Corpo de Bombeiros de Várzea Grande informou que está previsto a realização de uma vistoria do  antigo Postão, atual Complexo de Saúde - e que tem conhecimento da falta de segurança do local, mas devida a grande demanda ainda não foi feito a vistoria no prédio.

De acordo com os bombeiros, a falha mais grave diz respeito a falta de hidrante. Todo prédio acima de 750 metros de construção deve ter um hidrante. No caso do Complexo de Saúde, são 2.854 metros quadrados, o que torna o problema mais grave.

Outro lado: A reportagem do VG Notícias tentou contato com a secretária municipal de Saúde, Jaqueline Guimarães. No entanto, até o fechamento desta matéria a mesma não atendeu as ligações e não retornou as chamadas.

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