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Cidades Segunda-feira, 08 de Maio de 2017, 08:07 - A | A

Segunda-feira, 08 de Maio de 2017, 08h:07 - A | A

gás natural

MT busca contrato para importação de 4 milhões de metros cúbicos de gás boliviano

Redação VG Notícias

 

Mato Grosso busca com o governo da Bolívia um contra firme de abastecimento de gás natural. O Estado pleiteia a importação de 4 milhões de metros cúbicos, por dia, do gás boliviano. Taques participou de reunião com presidente boliviano, Evo Morales e colocou a possibilidade de uma sociedade de uma empresa mato-grossense com o governo boliviano para garantir a distribuição do gás.

A Bolívia tem uma produção de 58 milhões de metros cúbicos, por dia, através da empresa estatal YPFB. Destes, a maior parte é comprada pela Petrobrás, cerca de 30 milhões. Outros 15 a 17 milhões de metros cúbicos são enviados diariamente para a Argentina, país que já anunciou a intenção de aumentar a compra do gás produzido no Chile, principalmente no inverno, quando falta energia naquele país.

Além disso, o contrato da Petrobrás com o governo boliviano para a importação de gás, através do gasoduto Gásbol, termina em 2019 e o presidente da Petrobras Pedro Parente já garantiu aos governadores que na renovação do contrato o volume de importação será menor, por conta da exploração do pré-sal.

Com isso, abre-se caminho para que os Estados brasileiros possam buscar a compra do excedente de gás que iria para a Petrobras. Mato Grosso e outros quatro Estados (Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul) buscam a formalização de contrato para comprar o volume que a Petrobras vai deixar de adquirir.

A reunião com representantes do governo boliviano contou também com a participação do deputado federal, Fábio Garcia, que faz parte da Comissão de Minas e Energia do Congresso Nacional. Na oportunidade, Fábio disse aos diretores da YPFB e ao ministro de Hidrocarburos da Bolívia, Luiz Sanchéz, que o caso de Cuiabá pode ser acelerado caso a Petrobras informe formalmente ao governo boliviano que não vai consumir o volume que compra hoje.

“Com isso, a Petrobras nos dá condições de contratar a demanda que já existe em Cuiabá e Corumbá. Se tivéssemos uma declaração da Petrobrás neste sentido, a gente já poderia negociar um contrato firme de envio de gás. Todos nós sabemos que a Petrobras não importará em 2019 o mesmo volume que importa atualmente, Resta saber o quanto a Petrobras vai consumir. Sobra espaço para negociar esse volume que sobra”, disse.

Fábio sugeriu que as negociações sejam feitas desde já com a Petrobras, isso porque um contrato de gás demora para entrar em vigor. “A Petrobras não precisa dizer, exatamente, o que vai consumir. Mas poderia dizer que há espaço para Cuiabá e Corumbá receber o gás boliviano”, destacou.

No mesmo sentido, o governador Pedro Taques destacou que três pontos são essenciais, primeiro um contrato firme, a manutenção de gás suficiente para o funcionamento da usina Mário Covas e também levantou a possibilidade da empresa estatal se tornar sócia de Mato Grosso na distribuição do gás, o que foi bem avaliado pelo presidente Evo Morales.

Por fim, dois grupos de estudos foram montados com a participação de Mato Grosso, o primeiro para debater a questão do gás e um segundo que vai tratar da compra da ureia boliviana por produtores de Mato Grosso. O próximo encontro já foi marcado, será no dia 22 de junho, em Florianópolis (SC).

Logística - Outros dois temas foram tratados no encontro e tidos como primordiais por Mato Grosso para a integração da região. O primeiro é pavimentação de San Matias a San Ignácio, são 315 quilômetros ainda não pavimentados que dificulta a logística entre Cuiabá e a cidade de Santa Cruz de la Sierra. O presidente Evo Morales garantiu ao governador Pedro Taques que essa obra é prioritária para o seu governo. O governador mato-grossense disse que já tratou do tema com o presidente da República, Michel Temer e com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes e ambos demonstraram interesse em contribuir com o governo boliviano no tema.

Taques também entregou ofício ao presidente Evo Morales para cobrar a liberação do voo comercial entre as duas capitais. A empresa Azul Linhas Aéreas aguarda essa liberação para operar voos diários entre Cuiabá e Santa Cruz de la Sierra.

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