Motoristas do transporte coletivo de Várzea Grande e Cuiabá podem paralisar as atividades nesta terça-feira (26.05), por tempo indeterminado.
De acordo com o Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestres de Cuiabá (STETT), os profissionais não chegaram a um acordo com os empresários do transporte coletivo referente a reajustes nos benefícios: o ticket alimentação e bonificação por tempo de trabalho.
Segundo o Sindicato, os trabalhadores exigem que o ticket alimentação, que hoje é pago R$ 100, 00 mensais, seja de R$ 150,00 – um reajuste de 50%. Já o ‘bônus’, que atualmente é concedido ao motorista no valor de R$ 220, a categoria reivindica o valor de R$ 250,00 – reajuste de 14%.
No entanto, os empresários do transporte coletivo informaram que estão dispostos a pagar apenas 8,37% de reajuste no valor do ticket alimentação, valor esse de acordo com o reajuste de 8,37% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Com esse reajuste, a categoria passaria ganhar R$ 108,37 de ticket alimentação.
Conforme o Sindicato, hoje (25.05) será enviado um ofício para o Ministério do Trabalho para informar todo o impasse envolvendo os motoristas e os empresários do transporte coletivo para informar sobre a paralisação.
Aumento de Salário – De acordo o Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestres de Cuiabá, os empresários do transporte coletivo aceitou aumentar o salário de R$ 1.800,00 mil para R$ 2 mil, pago na carteira. O valor representa um reajuste de aproximadamente 11%.
Outro Lado - Em nota, as empresas de transporte coletivo declararam que já negociaram com os motoristas, e que não será possível atender as reivindicações da classe sendo que cálculos sobre os salários com base no INPC, acumulado nos últimos 12 meses, deram no aumento de 8,34%.
Confira a íntegra da nota:
As empresas do transporte coletivo já anunciaram aos trabalhadores que será possível reajustar os salários com base no INPC acumulado nos últimos 12 meses o que dá um reajuste de 8,34%.
Com inflação mais alta e o passo mais lento da economia, o ambiente para as negociações salariais está mais difícil.
Dados relativos a acordos e convenções coletivas registrados no Ministério do Trabalho (MTE) nos três primeiros meses do ano mostram aumento no número de negociações que terminam sem que o trabalhador consiga sequer repor as perdas geradas pela inflação.
Ao mesmo tempo, há uma redução gradativa no percentual do reajuste acima da inflação, das categorias que conseguem obter algum ganho real.
No primeiro trimestre deste ano, 10,94% das negociações foram fechadas com correção inferior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumulou alta de 7,68% nos doze meses encerrados em março.
É o triplo do registrado em igual período do ano passado, quando apenas 3,54% dos 5.031 acordos resultaram em índice menor que o INPC, na época em 5,38%.
Associação das Empresas de Transporte Urbano - MTU
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