Moradores do bairro Ouro Verde em Várzea Grande, reclamam da demora na entrega da unidade do Programa da Saúde da Família (PSF) construída no bairro, e denunciam que o local está sendo depredado, além de ser usado como ponto de comércio de drogas, esconderijos e moradia para bandidos.
De acordo com o morador Luciano Bezerra dos Santos, a unidade que começou a ser construída em 2013, já está pronta, faltando apenas equipamentos hospitalares para poder atender os moradores do bairro. Ele disse que a administração municipal prometeu a entrega da Policlínica ainda este ano, mas até agora está tudo abandonado.
“Esse PSF está pronto, eu não sei o porquê que eles até hoje não a colocaram em funcionamento. Meses atrás, o pessoal da prefeita veio aqui e anunciou que essa unidade seria inaugurada no mês de maio, e seria uma das unidades inauguradas durante a programação do aniversário da cidade. Passou maio e nada”, declarou.
O morador relatou que o local está abandonado, sem nenhuma segurança, facilitando que vândalos depredem a unidade, e ainda adentrem no prédio para usar e vender drogas.
“Aqui não tem nenhum tipo de segurança. Os bandidos já quebraram várias janelas, picharam paredes, entre outras coisas. Se não vier ninguém cuidar da unidade vão destruir tudo. Além disso, o pessoal começou a vender e usar drogas lá dentro. Os moradores estão com medo de passar por aqui devido aos bandidos que ficam aí dentro. Prefeita olhe por nós e põem essa Policlínica para funcionar” pediu Luciano Bezerra à prefita Lucimar Campos (DEM).
Vale lembrar que PSF do Ouro Verde fica próximo a escola municipal Air Addor.
PSF do Ouro Verde – O PSF do Ouro Verde começou a ser construído na gestão do prefeito cassado Walace Guimarães (PMDB). A obra foi orçada na época por R$ 512.000,00 mil.
Na época, o peemedebista conseguiu recursos junto ao Ministério da Saúde para executar a obra, que foi executada pela Construtora Santa Eunice.
Um relatório da Prefeitura, elaborado do peemedebista, apontou que a unidade estava com as obras conclusas desde dezembro de 2014, e que não estava em funcionamento por falta de equipamentos, rede de telefonia, internet e recursos humanos.
Outro Lado – O secretário de Comunicação do município, Marcos Lemos, disse que todas as obras estão suspensas e não tem previsão de serem retomadas.
“Todas as obras do Programa da Saúde da Família estão suspensas por ordem superior. Só depois que vencer a parte burocrática que retomaremos a obra. Não tem nem previsão para isso acontecer”, disse.
Em agosto de 2015, a prefeita Lucimar Campos suspendeu o andamento de 15 obras de unidades de saúde no município, após constatar que os contratos efetuados com as empresas executoras dos serviços estavam vencidos desde abril de 2015, na gestão do de Walace.
As unidades estavam sendo construídas com recursos enviados por meio de convênio com o Ministério da Saúde na ordem de R$ 7.872.509,00 milhões. O convênio foi liberado em julho de 2013, com vencimento em fevereiro de 2016. No entanto, as empresas demoraram a iniciar as obras, e o contrato firmado com o município venceu em abril de 2015, sem que fosse concedido aditivo de prazo para execução das obras, e assim garantir que as empresas concluíssem os serviços. Com isso, o recurso federal também foi perdido.
“Quando tivermos todos os relatórios das auditorias prontos e apontando os culpados pelos desvios, aí que iremos ver se o TCU e a CGU autorizarão a retomada da obra. Já conseguimos até liberar o recurso federal novamente, mas precisamos que esse imbróglio seja resolvido para retomamos as obras”, finalizou Lemos.
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