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Cidades Domingo, 19 de Novembro de 2023, 17:54 - A | A

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Com dores intensas

Moradora de VG com câncer agravado denuncia Centro de Regulação do Estado; "demora em marcar cirurgia"

Com a demora, a filha afirma que a mãe poderá ser submetida a retirada da mama ao invés da "simples" retirada do nódulo

Adriana Assunção/VGN

A moradora do bairro São Simão, em Várzea Grande, Valderes Ferreira, denunciou ao , que o estado de saúde da mãe, Maria Aparecida Conceição Ferreira, 55 anos, vem se agravando em razão da longa espera por cirurgia. Ela enfrenta um câncer desde julho de 2022.

A família afirma que o nome de Maria Aparecida não foi colocado no Sistema de Regulação para cirurgia pelos profissionais do Hospital Santa Casa, em Cuiabá, onde ela faz o tratamento. Enquanto isso, a moradora de Várzea Grande padece com dores em sua casa.

“A minha mãe está com câncer de mama, já fez quimioterapia e estava aguardando ser chamada para fazer cirurgia, mas recentemente descobriu que por erro da profissional da saúde não estava no sistema para a cirurgia. Agora, a minha mãe está com o peito inflamado e chorando de dor no corpo e no peito. Dor no peito onde está com nódulo”, relatou a filha.

A moradora de Várzea Grande começou o tratamento ano passado, pois descobriu o câncer em junho e em julho começou a fazer tratamento. Foi ao médico, fez biopsia, cintilografia e vários exames. Em dezembro começou fazer a quimioterapia. Após concluir a quimioterapia, voltou ao consultório médico, a cirurgiã pediu os exames, sendo acordado que iria fazer a cirurgia.

Porém, com a morosidade ocasionada por não ter seu nome no sistema e informações errôneas, a filha afirma que a mãe poderá ser submetida a retirada da mama ao invés da "simples" retirada do nódulo. 

"Só estava um carocinho, mas como ela ficou todo esse tempo esperando, sem fazer cirurgia, sem fazer tratamento, aguardando ser chamada para cirurgia e não aconteceu, agravou. A médica que ela passou agora, falou que antes, o que poderia ter sido só a retirada do nódulo, agora provavelmente vai ter que ser retirada a mama, pelo agravamento. Então, é isso que ela está bem revoltada, bem triste", declarou a filha.

Após a descoberta do “erro” também enfrentou longa espera por liberação de novos exames, que também não aconteceu, sendo necessário pagar com recursos próprios. Com os exames em mãos, incluindo risco cirúrgico, a médica entregou o papel de liberação da cirurgia, que se encontra com as assistentes sociais da Santa Casa, aguardando liberação na Regulação.

Outro lado – atualizada - A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) esclarece que não procede à informação. O pedido de cirurgia da paciente M.A.C.F está inserido no Sistema Estadual de Regulação desde o último dia 06 de novembro e a cirurgia está agendada para o dia 27 de novembro, no Hospital Estadual Santa Casa. "É importante esclarecer também que a paciente faz acompanhamento oncológico na unidade de saúde desde janeiro deste ano, onde recebe todo atendimento necessário a seu quadro clínico, como realização de exames laboratoriais e de imagem." 

RELATO DE DONA MARIA

Eu vi que estava demorando demais para sair a cirurgia, que não saía nunca. Fui a Santa Casa saber o porquê estava demorando tanto. Porque eu nunca era chamada. Aí que ela me falou que a cirurgia não estava no sistema. Estava no sistema o cardiologista. Mas ela, no dia que eu fui, no dia 11, ela conseguiu o encaixe para mim, para o cardiologista, para ele me dar o risco cirúrgico. Mas elas pegaram e falaram assim: não vai adiantar você consultar com o cardiologista, pegar o risco cirúrgico, porque até liberar a cirurgia, o risco cirúrgico não vale mais. Então, tá. Mas eu achava que a cirurgia já estava no sistema, e não estava. Eu vi que estava demorando muito para liberar o cardiologista e a cirurgia, eu fui lá e conversei com elas. Aí elas falaram para mim que minha cirurgia não estava no sistema e que eu tinha que esperar consultar com o cardiologista para poder fazer o risco cirúrgico. Aí eu falei pra ela, mas você não falou naquele dia, que não adiantava, porque não tinha como eu fazer o risco cirúrgico sem a liberação do dia da cirurgia, que o risco cirúrgico não ia valer mais. Ela falou que não, que eu tinha que fazer o risco cirúrgico e voltar na médica, para a médica liberar a cirurgia. Aí eu me revoltei, zanguei demais. E ela falou que não tinha como passar na médica, que a médica atende só toda segunda e que a agenda dela só iria abrir dia 22. Eu falei: não, eu preciso falar com a médica e fiquei esperando. Consegui o encaixe, foi que eu conversei com a médica. A doutora falou que dependia desse exame, risco cirúrgico para liberar a cirurgia. Aí que ela me pediu mais uma ultrassonografia. Eu fui e peguei meu papel de cintilografia, nunca era liberado o exame, paguei a cintilografia, paguei a ultrassonografia que a doutora pediu, consultei com a cardiologista, ela me deu o risco cirúrgico. Aí, na outra semana, que eu voltei na médica, que eu levei todos esses exames, que aí ela me deu agora o papel de liberação da cirurgia. Que agora o papel está lá com as assistências sociais lá da Santa Casa, esperando a liberação dessa cirurgia.

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