A menina Emily Mariane da Silva Miranda, de dois anos e nove meses, que foi atacada por um pit bull no início de junho, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, retirou nesta quinta-feira (31) os últimos pontos da terceira cirurgia. O médico cirurgião plástico do Hospital Regional do município, Iuri Viana, disse que a garota se recupera bem e não apresenta nenhuma sequela grave na face, região onde foi mais atingida pela mordida do cão.
Segundo o médico, a criança ficou apenas com uma sequela no canto da boca esquerda que pode desaparecer ao longo do tempo. Mas, se comparar com o estado que ela chegou até a unidade, todos os procedimentos foram considerados um sucesso. "Na primeira cirurgia, todos os nervos da face tiveram que ser reconstruídos. Já na segunda foi realizado uma limpeza dos tecidos que não sobreviveram com o trauma. E na terceira, foi preciso fazer um transplante de pele da virilha para a face porque estava totalmente sem pele", explicou o médico.
Conforme o cirurgião plástico, a cirurgia da criança foi de grande porte e todos os procedimentos devem ser realizados por um especialista na área. “Cicatriz sempre vai ficar. Mas como ela é criança, com o tempo pode melhorar bastante as marcas. O importante agora é cuidar onde foi realizada a cirurgia para não pegar sol. E quando crescer pode fazer uns refinamentos para deixar a pele esteticamente mais aceitável a lesão dela”, comentou.
Caso
Emliy foi atacada no dia 4 de junho por um pit bull quando entrava junto com a avó e mais dois irmãos no quintal da casa onde morava a avó. O animal era do vizinho, que dividia o quintal com a família. O cão mordeu o abdômen e o rosto da criança.
No primeiro procedimento cirúrgico, a criança levou mais de 300 pontos. E pelo tamanho da área machucada, outras duas cirurgias tiveram que ser realizadas. Para a mãe de Emily, Erica dos Santos Silva, a recuperação da filha foi além do esperado.
“Foi incrível porque eu não imaginava ver a recuperação rápida pelo estado em que ela ficou. Porém, isso é um trauma que mãe nenhuma gostaria de passar. Agora, é só ela ver um cachorro que ela já chora e pede colo”, lamentou a mãe de Emily.
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