O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) rebateu a nota divulgada pela Prefeitura de Cuiabá nesta sexta-feira (17.04) e afirmou que o prefeito Mauro Mendes (PSB) não prioriza a saúde do município.
“O Sindimed sempre tentou dialogar com o município, inclusive tentou antecipar a sessão de mediação para o dia 15 de abril de 2015, mas por falta de agenda do prefeito para tratar da saúde pública de Cuiabá, ele disse que só poderia comparecer no dia 22 de abril, após o feriado. Os médicos compareceram na frente da prefeitura no dia 15 de abril, mas o prefeito não os atendeu”, conta trecho da nota.
Ainda conforme o sindicato, o salário dos médicos é de R$ 2 100 reais, o que o município paga além desse valor, é de forma ilegal.
“O que o município paga além desse valor para os médicos, de forma ilegal para mascarar a remuneração é o “mensalinho”, ou como o município chama “prêmio saúde”, que é suprimido caso o médico fique doente, necessite de qualquer afastamento ou precise tirar férias. O que os médicos querem é que esse valor pago ilegalmente seja pago de forma legal, para que tenham o direito, ao menos, de receberem um salário digno em caso de afastamento por doença ou qualquer outro motivo”.
De acordo com os profissionais, “como se observa, a falta de atendimento não se dá por culpa dos médicos, mas sim porque o prefeito e seus secretários não cumprem com a sua palavra. O prefeito não trata com prioridade a saúde de Cuiabá, e prova disso é que ele não tem agenda para conversar com os médicos antes do dia 22 de abril”.
Nota – Segundo nota de esclarecimento divulgada pela Prefeitura, o Sindicato encerrou unilateralmente o diálogo com a Prefeitura, inclusive com a intermediação do Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, ao decretar uma greve ilegal e injustificada, causando graves prejuízos aos usuários do Sistema Único de Saúde, numa clara manifestação de radicalismo, com conotação meramente política.
Afirma ainda que a greve dos médicos, e a superlotação do Pronto Socorro de Cuiabá, neste cenário de greve, é caótica e coloca em risco real de óbito, pacientes que poderão não terem atendimento adequado, o que precisa ser evitado.
Greve - Mesmo com a paralisação considerada ilegal pela desembargadora Maria Helena Póvoas, os médicos que atendem em Cuiabá continuam a greve por tempo indeterminado. Na última quarta-feira (15.04), representantes do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) se reuniram em frente ao Palácio Alencastro, em Cuiabá, para reivindicar o atendimento imediato de suas reivindicações.
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