Desde o final de 2015 até o final de janeiro, Mato Grosso registrou o nascimento de 157 bebês com suspeita de microcefalia, conforme o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria estadual de Saúde (SES) neste sábado (7). Os casos estão sendo contados no estado desde que a alta incidência da malformação no estado do Pernambuco, em outubro, gerou alerta nacional de saúde pública, motivando o início do monitoramento.
Conforme o boletim da SES, dos 157 casos notificados em Mato Grosso até janeiro, 46 (29,3%) já passaram por exames que os descartaram como malformação. Desta forma, agora o estado investiga se as demais 111 notificações (70,7%) de fato se referem a casos de bebês que nasceram com microcefalia – seja provocada pelo zika vírus ou não.
Protocolo do Ministério da Saúde determina que, para ser considerada a ocorrência da malformação, é necessário que o perímetro da cabeça do bebê (perímetro cefálico) seja inferior a 32 centímetros para recém-nascidos com 37 ou mais semanas de gestação.
Até o momento, Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá) é o município mato-grossense com a maior quantidade de casos suspeitos de microcefalia, com 63 sob investigação (56,75% do total). Outros oito casos já foram descartados na cidade.
Outros municípios com casos em investigação são: Cáceres (com 11 casos, mas que também já teve 37 descartados); Mirassol d'Oeste e Cuiabá (cada um com cinco casos); Alto Garças, Curvelândia, Glória d'Oeste, Itiquira, Pedra Preta, São José do Povo e Salto do Céu (cada um com dois casos); Alto Araguaia, Barra do Garças, Jaciara, Jauru, Juara, Lambari d'Oeste, Peixoto de Azevedo, Querência, Rio Branco, Sapezal, Sorriso, Tangará da Serra e Tesouro (cada um com um caso).
Até o momento, o boletim da SES não aponta qualquer caso como investigado e confirmado como microcefalia. Os casos descartados após análises técnicas também são poucos, como os já mencionados em Rondonópolis e Cáceres, além de um em Pontes e Lacerda.
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