Em busca de melhores condições de vida para seus quatro filhos, uma moradora do bairro São Simão, em Várzea Grande, pede ajuda para montar seu próprio empreendimento e garantir o sustento da família. Desempregada por não ter com quem deixar as crianças, Ana sobrevive com o auxílio do Bolsa Família e da venda de alhos nas ruas da cidade, aos sábados e domingos.
Ela relata ao que a renda obtida com a venda dos kits de alho, entre R$ 20 e R$ 30 por fim de semana, é destinada exclusivamente à compra de caminhão-pipa, já que a água não chega com frequência à sua residência. Já o valor recebido pelo benefício federal é utilizado para pagar o aluguel, a conta de energia, a caixa de alho usada na produção e, quando possível, a alimentação da família.
“Pago meu aluguel e economizo na luz o máximo que posso. Aí o dinheiro que sobra, faço os kits de alho para poder vender e comprar comida. Mas tem dia que não tem nada em casa. Aí eu coloco nas mãos de Deus”, desabafa Ana.
Para tentar equilibrar os cuidados com os filhos e as despesas domésticas, Ana sonha em trabalhar em frente de casa, onde poderia acompanhar as crianças, que possuem idade de 3, 6, 8 e 10 anos, e garantir alguma renda. Ela já possui uma tenda e uma fritadeira de pastel, mas ainda precisa de uma mesa, embalagens e ingredientes básicos para começar a vender.
“Tenho sonho de trabalhar aqui na porta de casa. Já tenho uma tenda e fritadeira de pastel, mas precisaria de uma mesa, embalagens e alguns ingredientes para poder começar. Tenho vontade de trabalhar, só preciso de um empurrão”, afirmou.
Ana explicou que já trabalhou em diversos locais, principalmente no ramo de comida. No entanto, devido aos filhos, não consegue mais trabalhar fora de casa. Três das crianças estão matrículas, sendo que a mais velha participa do programa de Escola em Tempo Ampliado (ETA). Já o mais novo, aguarda na fila para conseguir uma vaga na creche.
Ela também compartilhou as dificuldades da maternidade solo. O pai dos dois filhos mais novos abandonou a família e foi alvo de medida protetiva após episódios de violência doméstica. Já o pai dos mais velhos contribui com pensão, mas irregularmente.
“O pai dos pequenos abandonou. Dou graças a Deus porque tenho medida protetiva contra ele. E o pai dos grandes, consegui no Fórum que ele pagasse pensão, mas tem sido como ele quer, manda 20, 30, 50 reais e às vezes fala que não tem”, explicou.
Apesar das dificuldades, Ana afirma que não quer esmolas, mas apoio para trabalhar de forma honesta e digna. “Preciso de ajuda, sim, mas gostaria muito que fosse ajuda para trabalhar e montar minha barraquinha aqui na porta de casa. Acredito que assim conseguiria criar meus filhos e as coisas ficaram melhores para nós”.
Para arrecadar fundos e construir um futuro melhor para seus filhos, foi criada uma vaquinha online. Contribua acessando o link e faça a diferença! Se preferir ajudar de outras formas, como com a doação de alimentos, itens de higiene e outros produtos essenciais, entre em contato pelo WhatsApp 65 98139-0705
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