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Cidades Domingo, 05 de Agosto de 2018, 09:00 - A | A

Domingo, 05 de Agosto de 2018, 09h:00 - A | A

decisão judicial

Juíza manda penhorar R$ 127 mil de shopping de Arcanjo para pagar indenização

Lucione Nazareth/ VG Notícias

VG Notícias

João Arcanjo Ribeiro

 

A juíza da Quarta Vara Cível de Várzea Grande, Silvia Renata Anffe Souza, determinou a penhora de R$ 127.528,19 mil do Rondon Plaza Shopping (localizado em Rondonópolis), de propriedade do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, referente à pensão alimentícia da viúva e da filha de José Ferreira de Almeida, morto em 2004 na “Chacina da Fazenda São João”.

Arcanjo foi condenado em 2009 a pagar a indenização de 190 mil por danos morais e a pensão alimentícia para a filha da vítima, até que ela complete 25 anos de idade, e pensão vitalícia para a viúva de José Ferreira. Contudo o ex-bicheiro teve os bens bloqueados em razão de uma investigação criminal, por este motivo a viúva requereu que o shopping pertencente a Arcanjo pagasse os valores pendentes. A solicitação foi atendida em 1ª instância.

Em junho de 2014 o Rondon Plaza Shopping foi condenado a pagar indenização para familiares de José Ferreira de Almeida no valor de R$ 96.701,08 mil. Porém, conforme os autos, até o hoje o valor não teria sido pago.

Diante disso, foi proposta uma Ação de Execução de Sentença para que o pagamento fosse realizado pelo Rondon Plaza Shopping.

Em decisão proferida no último dia 26 e publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE), a juíza Silvia Renata Anffe, destacou que o Shopping possui créditos depositados em processo que tramita na 1ª Vara Cível de Cuiabá, e diante disso determinou que seja lavrado o respectivo auto de penhora nos autos, até o limite de R$ 127.528,19, referente a possível crédito do executado naquele feito, sobre o qual recairá a constrição.

Vale lembrar que além da viúva e da filha, os pais de José Ferreira de Almeida também entraram com ações na Justiça para serem reparados pelo assassinato do filho. Em março de 2014, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT) manteve sentença de primeira instância e determinou que Arcanjo pagasse R$ 240 mil de indenização a eles, sendo R$ 120 mil para o pai e outros R$ 120 mil para a mãe.

Entenda o caso - José Ferreira de Almeida, Arili Manoel Oliveira, Itamar Batita Barcelos e Pedro Francisco Silva foram mortos em março de 2004 quando foram pescar em um dos tanques de piscicultura na Fazenda São João da Cachoeira, que pertence a João Arcanjo. A fazenda está localizada a 10 km do Trevo do Lagarto, em Várzea Grande.

Os seguranças que faziam a ronda no local, Noreci Gomes, “z, “Paraíba”, “Edinho”, “Tocanguira”, “Valdinei” e “Negão”, efetuaram disparos contra o grupo de amigos, sendo que um deles morreu no local.

Por ordem do gerente da fazenda, Joilson Queiroz, os seguranças amarraram os pés e as mãos das vítimas e os jogaram na represa, o que causou a morte de todos. Os corpos foram posteriormente recolhidos pelos capangas, que os jogaram na beira da BR 163, próxima à comunidade rural Capão das Antas.

Em 2005, “Pezão” foi condenado a 20 anos de reclusão e “Paraíba” absolvido. Já Noreci Gomes foi condenado em 2010 a 25 anos de prisão pelos crimes. Os demais não foram levados a julgamentos por estarem foragidos da justiça.

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