Em greve já há cinco dias, os trabalhadores do Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá, estão operando com escala de 50% dos administrativos e 60% assistenciais. O representante do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Mato Grosso – Sindsep, Joilson Ruas relatou ao nesta terça-feira (27.09), que a greve é nacional.
Segundo ele, o Hospital Júlio Müller - gerenciado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), empresa pública federal – não tem fechado Acordo Coletivo de Trabalho (ACTs), que envolve a reivindicação pelo reajuste salarial, atrelado à inflação e garantia dos direitos trabalhistas específicos à categoria como insalubridade, entre outros.
“Isso acontece desde 2020, veio a pandemia e fomos proibidos de fazer greve, sendo deflagrada a greve esse mês a partir do dia 21. Aqui no Júlio Müller iniciamos na sexta-feira (23). Não paramos totalmente o hospital, pois a liminar do TST (Tribunal Superior do Trabalho) estabeleceu um percentual de que tem que ficar trabalhando 50% do administrativo e 60% dos assistenciais, mas estamos em greve e estamos fazendo nosso movimento”, disse Joilson Ruas.
O sindicalista afirma, ainda, que a empresa não está dialogando com os empregados e nem com o Sindicato. “Os profissionais estão aderindo cerca de 80%, porém com vista ao determinado na liminar.”
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Em nota, a Ebserh esclarece que o processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com as entidades sindicais teve mais de 20 rodadas, porém sem solução. A empresa afirma que as entidades sindicais não estão dispostas a nenhum tipo de negociação.
“Com o propósito único de viabilizar a conclusão, a empresa solicitou às entidades que apresentassem uma última contraproposta. Ao contrário do que sugere a boa prática em negociações coletivas de trabalho, as entidades sindicais apresentaram três propostas distintas e maiores do que as apresentadas anteriormente, ou seja, deixando claro que não estavam dispostas a nenhum tipo de negociação”, cita trecho da nota.
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