Seis secretarias estaduais, além da Casa Civil e Gabinete de Comunicação de Mato Grosso, deverão se mobilizar no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus. Criado por decreto assinado pelo governador Pedro Taques (PSDB), o Comitê Interinstitucional de Mobilização e Combate ao mosquito será encabeçado pela pasta da Saúde e terá o envolvimento das secretarias de Cidades, Segurança Pública, Trabalho e Assistência Social, Meio Ambiente, Educação, Esporte e Lazer.
Conforme o decreto, publicado no Diário Oficial do Estado com data de 15 de janeiro, os trabalhos deverão seguir diretrizes do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, doença que tem ligação com o zika vírus. Nascidos com o cérebro menor que o esperado, os bebês com microcefalia têm o desenvolvimento comprometido em 90% dos casos.
Os casos de microcefalia suspeitos de ligação com o zika vírus aumentaram em todo o país. E, conforme dados da Secretaria de Saúde de Mato Grosso, foi registrado crescimento de 70% no estado. Em nove dias, entre 30 de dezembro de 2015 e 8 de janeiro de 2016, Mato Grosso registrou seis novos casos suspeitos de microcefalia, sendo um em Cuiabá, dois em Salto do Céu e três em Rondonópolis.
E o crescimento de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti não fica restrito à microcefalia. Os registros de dengue em Mato Grosso subiram 150,6 % em 2015, passando de 11,7 mil para 29 mil.
Ações
O Comitê Interinstitucional de Mobilização e Combate deverá definir os trabalhos de combate ao mosquito, mobilizando Poder Judiciário, Ministério Público e população em geral. Entre as atribuições, estão também gerenciar os estoques de larvicidas para matar as larvas do Aedes aegypti e identificar as necessidades dos municípios na luta contra a proliferação do mosquito. O decreto determina ainda que os demais órgãos do estado apoiem as ações do comitê caso sejam solicitados.
Prevenção
Entre as medidas preventivas que devem ser adotadas pela população estão manter as caixas d’água tampadas de forma adequada; não acumular vasilhames, lixos e embalagens no quintal; limpar com frequência as calhas; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta. Essas ações evitam a proliferação do mosquito.
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