Auditoria aberta pela conselheira substituta do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Jaqueline Jacobsen Marques, apontou suposto superfaturamento e desvio de R$ 137 milhões na Corte de Contas na gestão do conselheiro afastado, José Carlos Novelli. A auditoria apontou que 13 empresas teriam participado de suposto esquema milionário.
De acordo com o procedimento, as empresas seriam: Ábaco Tecnologia de Informação Ltda; Ímpar Gestão e Soluções em Tecnologia da Informação Ltda – EPP, Gendoc Sistemas e Empreendimentos Ltda; PRIXX Tecnologia da Informática Sistemas e Empreendimentos Ltda; Spazio Digital; Tecnomapas Ltda; Allen Rio Serv. e Com. de Prod. de Informática Ltda; Simetrya Tecnologia da Informação Ltda; Complexx Tecnologia Ltda; Serprel Comércio de Produtos de Informática Ltda; JFTC Teleinformática Ltda ME; Consórcio Simaker – (consórcio entre as empresas Simetrya e Aker Consultoria e Informática S.A); e a Travessia Desenvolvimento Organizacional Ltda.
Eles assinaram contratos com o TCE no valor total de R$ 212.402.631,49 para execução de desenvolvimento do sistema integrado de gestão administrativa financeira (Siga); prestação de serviços e apoio técnico e estratégico ao Programa de Desenvolvimento Institucional Integrado (PDI); e segurança de sistemas tecnológicos, entre outros.
Entre as investigadas consta a empresa Gendoc, de propriedade Waldisnei da Cunha Amorim, que segundo delação do ex-governador Silval Barbosa, foi responsável pela devolução de parte dos valores estabelecidos no contrato com o Governo do Estado, de R$ 10 milhões, e que teria sido usado pelo ex-gestor para quitar parte da propina com os conselheiros do TCE.
No procedimento cita que um dos contratos da Gendoc foi detectado superfaturamento na ordem de R$ 3,1 milhões; e que não foi possível verificar outros supostos desvios por meio da empresa porque um dos contratos (para licença de software e prestação de serviços de consultoria) não se encontrou documentos da execução das despesas.
Conforme a investigação da conselheira, a empresa Impar Gestão e Soluções é apontado como aquela com maior participação no esquema. Planilhas apontam que em dois contratos com o TCE apurou-se um superfaturamento de mais de R$ 32 milhões.
“Diante da grande quantidade de evidências documentais já existentes que corroboram para o entendimento desta equipe de auditores de que existem várias irregularidades graves nos contratos de tecnologia da informação no período compreendido entre 2012 e 2015 no Tribunal de Contas de Mato Grosso, inclusive com a constatação de superfaturamento no valor de R$ 137.076.812,05”, diz a auditoria em um dos trechos do procedimento, ao recomendar que a íntegra da investigação fosse encaminhada para Polícia Federal investigar todos os fatos.
Vale destacar que os documentos foram usados para embasar a deflagração da 16° fase da Operação Ararath desencadeada na última quarta-feira (17.06) pela Polícia Federal.
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Outro lado - O oticias não conseguiu falar com a defesa do conselheiro José Carlos Novelli até o fechamento da matéria.
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