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Cidades Segunda-feira, 06 de Dezembro de 2021, 09:33 - A | A

Segunda-feira, 06 de Dezembro de 2021, 09h:33 - A | A

FEMINICÍDIO NO JARDIM GLORIA

Filha de 12 anos presenciou pai matar a mãe em VG: “Pelo amor de Deus, não mata minha mãe” gritou

Delegado pede prisão preventiva do suspeito

Rojane Marta/VGN

VGN

Irmã BOPE

O crime ocorreu no Jardim Glória I, em Várzea Grande.

 

 

 

Cena de filme de terror, assim pode ser considerado o feminicídio registrado ontem (05.12), no bairro Jardim Glória I, em Várzea Grande, e presenciado pela adolescente de 12 anos, que viu o pai matar a mãe e tentar matar seu avô.

Junior dos Santos Igesca, 35 anos, matou a facadas sua ex-esposa, a enfermeira Franciele Robert da Silva, 33 anos, e esfaqueou seu ex-sogro, Aparecido da Silva, 67 anos. Ele ainda tentou se matar, ao cortar seus pulsos e pescoço. A vítima tinha medida protetiva contra o suspeito. Leia mais: Ex-marido mata ex-esposa, esfaqueia o pai da vítima e tenta se matar em Várzea Grande

Em depoimento à polícia, a menina narrou a infeliz cena de horror que presenciou. Ela disse que antes de o pai ir em sua casa e matar sua mãe, pela manhã, ela e ele conversaram por  chamada de vídeo.  Na ligação ele também falou com o seu irmão de seis anos. Segundo ela, na ligação o seu pai propôs para ela e o irmão passarem o dia com ele, porém sua mãe não teria deixado. A negativa da mãe não agradou o pai, pois, conforme a menor, ele ficou com cara feia.

Ainda, conforme a menor, por volta das 16h20, ela estava em casa, quando se despertou do sono da tarde, e então olhou o seu celular e viu que tinha cerca de cinco ligações perdidas de seu pai. Ela retornou a ligação e conversou com o pai e explicou que estava dormindo, e que por isso não havia atendido as chamadas, bem como disse que acordou para se arrumar para ir para a igreja com o irmão.

O pai chamou a atenção da menor por não ter atendido as e que, ainda durante a ligação, o suspeito pediu para que quando ela voltasse da igreja, que ligasse para ele, para que pudesse falar com o seu irmão.

Após a ligação, conforme a adolescente, ela foi se arrumar para ir à igreja, e por volta das 17h30, quando ela, seu irmão e sua mãe já estavam todos prontos, saindo pela porta da casa, ela visualizou o seu pai, que aparentemente havia pulado o muro dos fundos, vindo na direção de todos, em posse de uma faca na mão.

A menina conta que ela e sua mãe começaram a gritar e que o seu irmão correu para outro local, enquanto ela e sua mãe correram para dentro do quarto, porém como não havia chave na porta, colocaram apenas uma cama para segurar a porta, e que ela tentava segurar a cama e sua mãe pegou o telefone celular para ligar para a polícia.

Enquanto isso, segundo ela, seu avô, que também estava no local, passou a tentar impedir seu pai de adentrar no quarto, entrando em luta corporal com ele.

Ela conta que conseguiu ouvir o seu avô gritando: "socorro, para com isso Júnior", e que ela percebeu quando o seu avô foi atingido pelas facadas, pois ele gritou com muita dor.

Após isso, o seu pai desferiu o pé na porta, e conseguiu empurrar a cama, e quando entrou no quarto, imediatamente foi para cima da sua mãe, em posse da faca. Ela conta que pulou no pescoço dele, tentando o enforcar, para impedir que o mesmo atingisse sua mãe, mas não conseguiu, e viu quando ele desferiu várias facadas na região da cabeça da sua mãe.

Ao receber as facadas na cabeça a vítima caiu na cama, e então o suspeito desferiu mais facadas na região do peito da vítima. A menina conta que pode visualizar que o peito da sua mãe ficou aberto, devido a tantas facadas que foram desferidas e que ela ainda gritou: "PELO AMOR DE DEUS, NÃO MATA MINHA MÃE, DEIXA EU SAIR DAQUI”.

O pai então olhou para ela e disse: “a sua mãe me humilhou, eu matei ela, e agora eu vou me matar”. Ela então conseguiu sair do quarto, retirando sua mãe de cima da cama, e a colocando no chão, para assim poder arrastar a cama e sair pela porta do quarto. Enquanto isso, seu pai ficou no banheiro, que fica no interior do quarto, onde tentou se matar.

Ao sair da casa, ela gritou: "MEU PAI MATOU MINHA MÃE", e quando passou pelo portão que dá acesso à rua, deparou com o seu avô caído e com muito sangue.

O delegado da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa, Olímpio da Cunha Fernandes Júnior, pediu à Justiça pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva contra o suspeito, pela prática do crime de homicídio qualificado - feminicídio e tentativa de homicídio.

 
 

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