O presidente do Sistema de Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio), José Wenceslau de Souza Júnior, emitiu um comunicado nesta segunda-feira (22.03), direcionado aos comerciantes, alinhado ao posicionamento da Federação das Indústrias do Estado (Fiemt) aos industriais, sobre os últimos acontecimentos relacionados ao aumento de casos da Covid-19 no Estado.
Em nota o presidente informa que os representantes têm participado das reuniões com o Governo do Estado para analisar o cenário atual, e buscar novas ações para o enfrentamento do coronavírus.
No entanto, ele ressaltou que continua atuando na defesa dos interesses do setor que mais gera emprego e renda ao trabalhador e que mais contribui com o Estado.
“Nesse período de crise, as atividades do comércio consideradas essenciais têm sido fundamentais para atender a população mato-grossense”, frisou ele.
José disse ainda, que durante uma das reuniões, o Governo se comprometeu em não decretar feriados antes de sexta-feira (26). Entretanto, pediu a compreensão dos comerciantes, reforçando que é importante que todos reconheçam e compreendam o real cenário que todos estão enfrentando em decorrência da pandemia.
O presidente da Entidade citou algumas dificuldades que o Estado vem enfrentando, o que justifica tais medidas mais restritivas: A falta de vagas em hospitais, tanto na rede pública quanto privada, assim como o risco de o Estado ficar sem abastecimento de oxigênio, medicamentos e insumos.
Wenceslau ressaltou que hoje 160 pessoas aguardam um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que infelizmente não há disponível. “Neste momento, não importa o sobrenome ou a conta bancária: se alguém precisar de hospital, tem chances mínimas de conseguir”.
Complementando que o índice de isolamento social oscila entre 36 e 40%, o que deveria chegar a um mínimo de 55%, para diminuir a superlotação dos hospitais. Lembrando que essa meta não significa fechamento total, mas sim a restrição de algumas atividades e, sobretudo, convencer as pessoas a buscar a própria segurança, mantendo o distanciamento, evitando aglomerações e deslocamentos desnecessários.
A Entidade informou ainda, que o Estado terá 60 dias muito críticos com a perda de muitas vidas. “Então perante a esse cenário, é fácil concluir que a probabilidade de lockdown é muito grande. Para evitarmos isso, só existe uma via: manter o diálogo aberto e negociar, contribuindo com estratégias e ações”, avaliou José Wenceslau .
Ao finalizar o presidente do Sistema Fecomércio destacou que estão sendo articuladas também a viabilização de pleitos importantes para a sobrevivência das empresas e a preservação de empregos, como extensão de prazo para o recolhimento de impostos, prorrogação de validade de certidões, auxílio aos setores mais impactados e outros.
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