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Cidades Quinta-feira, 11 de Abril de 2024, 13:23 - A | A

Quinta-feira, 11 de Abril de 2024, 13h:23 - A | A

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Estudo aponta viaduto como melhor solução para Portão do Inferno, diz geólogo

Caiubi Kuhn adverte que a queda de blocos de grande porte pode ocasionar danos graves

Carlos Oliveira/VGN

O geólogo Caiubi Kuhn, professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e presidente da Federação Brasileira de Geólogos (FEBRAGEO), defendeu em entrevista ao programa no Ar, com Geraldo Araújo, nesta quinta-feira (11.04), a construção de um viaduto como a melhor solução para o problema do Portão do Inferno. Segundo Kuhn, o Estado possui estudos que comprovam a viabilidade e eficácia dessa alternativa.

O professor explica que as quedas de blocos no Portão do Inferno são resultados de um processo natural de erosão, que ocorre gradativamente, mas pode apresentar momentos de maior intensidade. Ele ressalta que este processo é contínuo e não tem previsão de término.

Kuhn destaca que o Estado já realizou estudos sobre o problema, como o realizado em 2013 para as obras da Copa do Mundo. Estes estudos avaliaram alternativas para o tráfego na MT-251, buscando soluções para a segurança dos usuários.

“Algumas quedas de blocos são seguidas por quedas de blocos menores, o que gera grande preocupação, inclusive das autoridades. Isso deu início a uma ampla discussão sobre alternativas para o Portão do Inferno. Essa discussão é antiga e nós temos estudos desde 2013 que mostram as opções de mudanças de trajeto para a MT-251”, explica o professor.

A urgência de uma solução para o Portal do Inferno

O geólogo Caiubi Kuhn reforça a importância de encontrar uma solução definitiva para o problema do Portão do Inferno. Ele adverte que a queda de blocos de grande porte pode ocasionar danos graves, como a interdição da rodovia ou, em casos extremos, a morte de pessoas.

“É importante pensar em uma solução que resolva o problema, porque em algum momento pode cair um bloco que seja muito grande e cause um dano, que seja a própria interdição da estrada ou danos mais graves como, por exemplo, levando a óbito alguma pessoa”, alerta Kuhn.

Kuhn defende a necessidade de um debate amplo e abrangente sobre as alternativas para o problema do Portão do Inferno. Ele destaca que a decisão não deve se basear apenas nos riscos de quedas de blocos, mas também considerar os aspectos sociais, econômicos e ambientais da região.

“É um conjunto de fatores sociais, econômicos e ambientais que precisam ser considerados juntos para buscar a solução para esse problema. Isso é possível fazer da forma que o governo do Estado está implementando? Acho que o governo precisa considerar tudo que já teve de informação até hoje. Como o problema não é novo, já tem muitos estudos e coisas feitas”, alerta Caiubi.

Críticas à falta de diálogo do Governo

O geólogo argumenta que o Governo não demonstra abertura para debater o assunto com especialistas. Ele relata que seus diálogos com a equipe governamental se limitaram às audiências públicas conduzidas pelo deputado estadual Wilson Santos (PSD) e que a SINFRA, por exemplo, nunca o convidou para um debate.

"O que vejo hoje é que o Governo não está aberto a conversar sobre isso. Por exemplo, os diálogos que tive com a equipe do Governo até hoje foram somente dentro das audiências públicas feitas pelo Wilson Santos, fora disso a SINFRA, por exemplo, não fez um convite para esses técnicos que conhecem bem a área", finaliza.

 

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